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Máscara e calor: Como lidar com a pandemia em meio as altas temperaturas?

O calor provoca suor e, por conda disso, as máscaras ficam úmidas mais rápido

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

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A primavera começou com as temperaturas elevadas em boa parte do país. Com isso, muitas pessoas se queixam do uso da máscara, assessório fundamental na prevenção da covid-19. Além de alguns modelos dificultar a entrada de ar e comprometer a respiração, elas também aquecem o rosto. 

Para ajudar as pessoas a se manterem protegidas e não ficarem sufocadas com a máscara, o infectologista Antonio Bandeira, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), dá algumas dicas. “As máscaras, especialmente as regulamentadas, como a cirúrgica e a n95, não têm nenhuma possibilidade de causar falta de ar. As máscaras de pano também não podem causar falta de oxigenação, mesmo a de 3 camadas, por mais que ela cole no rosto, pois não faz a vedação completa.”

De acordo com o especialista, o que pode acontecer é um mal estar por conta da presença da máscara. “Não estamos acostumados, você transpira um pouco mais, o ar fica mais quente.”

E se máscara incomodar? 


Caso uma pessoa se sinta mal com o uso da máscara, o médico recomenda que ela vá para um ambiente afastado, tire a máscara pela alça, seque o rosto com uma toalha ou papel e coloque a máscara novamente. Caso a máscara esteja úmida, é importante ter uma reserva para fazer a troca.

“Às vezes, tem um fiapo incomodando, ou se está muito abafado, você não precisa suportar isso até chegar em casa. É só ir para um local afastado das outras pessoas e não tocar na parte da frente da máscara.”


O infectologista orienta que as pessoas tenham uma variedade de máscaras. “A de tecido é ótima para ir ao mercado, sair na rua. Agora se você vai em uma reunião, com mais pessoas, acaba ficando um pouco mais próximo, é melhorar usar a cirúrgica ou a n95. Porém, a n95 não é recomendada para atividades físicas.”

Bandeira explica ainda que pessoas que trabalham com o público, como recepcionistas, atendentes de consultórios e profissionais da saúde, devem usar, também, o faceshield, o escudo facial, que também protege os olhos. “Ele é uma cobertura adicional, mas não elimina a necessidade da máscara. Se você espirrar, tossir ou mesmo falar, as gotículas e aerossóis podem passar por baixo da proteção.”


O calor diminui a transmissão?

Segundo o médico, algumas doenças são sazonais, como a a gripe, por exemplo, que tende a ter um aumento no número de casos durante o inverno. Outras infecções respiratórias, também podem aumentar no frio. Porém, o infectologista afirma que isso não foi observado com o novo coronavírus. 

“Até o momento não vimos nenhuma diferença na transmissão em relação ao clima. A Europa está agora passando por um novo surto, estão entrando no outono, mas as temperaturas ainda não são tão baixas. O Brasil teve o auge da pandemia em março, quando estava calor. A Índia que é um país quente teve 100 mil casos por dia. A China, teve o auge no frio. Ou seja, calor ou frio, pouco importa.”

Ele explica também que a principal forma de transmissão, a respiratória, é muito rápida e por esse motivo, não importa a temperatura do ambiente. “O vírus, quando passa de uma pessoa para outra, são milésimos de segundo.”

Para o médico, a única coisa que poderia influenciar seria a comportamental. “No frio, as pessoas ficam em lugares mais fechados, se aglomeram mais, o que pode facilitar a transmissão.”

*Com informações do Portal R7!

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