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Pílula de fezes: o que é e para que serve tratamento aprovado nos EUA

O medicamento Vowst é eficaz no tratamento restaurativo da microbiota fecal, combatendo infecções intestinais graves

Folha Vitória|

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Foi aprovado nesta quarta-feira (26) pela FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, um remédio produzido com bactérias boas, encontradas nas fezes humanas. O Vowst, nome comercial do produto, funciona como uma opção para os chamados transplantes de microbiota fecal.

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O transplante de fezes já é usado para o tratamento de colite pseudomembranosa. A infecção intestinal é causada pela bactéria Clostridioides difficile (C. difficile), ou CDI. Ele substitui a flora intestinal do paciente pela dos doadores. O objetivo, no caso da colite pseudomembranosa, é que a nova microbiota elimine a C. difficile, eliminando a inflamação.

Esse tipo de transplante acontece quando os medicamentos não conseguem conter a infecção bacteriana, em casos que sempre se repetem. Porém, tradicionalmente, o transplante é feito com fezes doadas e por meio de endoscopia ou colonoscopia. 

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Com o remédio, esse tratamento acontece por via oral, uma vez que se trata de um comprimido.

"A disponibilidade de um produto de microbiota fecal que pode ser tomado por via oral é um passo significativo no avanço do atendimento ao paciente e na acessibilidade para indivíduos que sofrem desta doença, que pode ser potencialmente fatal", disse em comunicado o diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, Peter Marks.

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A cápsula foi desenvolvida pelo laboratório americano Seres Therapeutics, em parceria com a Nestlé Health Science. 

Segundo a FDA, é usada matéria fecal humana doada por indivíduos qualificados. A expectativa é de que o produto esteja disponível nos EUA em junho.

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Entenda como será feito o tratamento com a "cápsula de fezes"

O tratamento deve durar três dias seguidos e consiste em tomar quatro cápsulas uma vez ao dia.

Segundo informações apuradas pelo portal R7, os testes mostraram que 12,4% dos que tomaram as cápsulas tiveram novos episódios de colite pseudomembranosa, enquanto entre aqueles que tomaram placebo 39,8% voltaram a ter sintomas da doença.

O problema da recorrência das infecções por C. difficile é o fato de se tornarem mais comuns nos pacientes que apresentaram o quadro uma ou duas vezes. Além disso, o tratamento passa a ser menos eficaz.

"O risco de recorrências adicionais aumenta com cada infecção, e as opções de tratamento para CDI [C. difficile] recorrente são limitadas. Acredita-se que a administração da microbiota fecal facilite a restauração da flora intestinal para prevenir novos episódios de CDI", afirma a FDA.

Entre os principais efeitos colaterais relatados foram constipação, diarreia, calafrios, fadiga, inchaço abdominal e cansaço.

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