O delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), afirma que as investigações da Operação Mantus apontam para um líder superior ao Frederico Müller Coutinho no esquema de jogo do bicho praticada pela Ello FMC. Pontua também que tanto a FMC quanto a Colibri de Arcanjo são uma espécie de ramificação de organização criminosa com braços em Goiás e Rio de Janeiro, respectivamente.Leia também - Arcanjo chega para depor algemado e com colete à prova de balaPara o delegado, a expectativa é de que os detentos confessem os crimes. Pelos menos 4 deles já assumiram a participação no jogo do bicho e delataram o empresário Frederico Muller.“Caso ele (Frederico) faça uma delação ‘pra cima’, para apontar alguém maior que ele pode até responder pelos crimes em liberdade e nem ser apenado”, afirmou o policial. “Temos a convicção de que ele trabalhava para alguém. Essa é a linha de investigação”, afirma Stringueta.O delegado descarta que o líder do bando seja uma figura política, e aposta em um bicheiro com maior atuação no Rio de Janeiro e Goiás. “Eles atuam como uma ramificação de outro local”, afirma. “É difícil contar com policiais de outros estados onde lá mesmo eles não combatem o jogo do bicho”, critica.Durante entrevista, após o interrogatório dos últimos 3 presos na Operação, nesta quinta-feira (6), o delegado esclareceu que os sorteios dos bichos eram feitos no Rio e em Goiânia, o que reforça a tese que as organizações mato-grossenses têm elo muito estreito com os jogos de azar nos 2 estados.Operação MantusA Operação Mantus foi deflagrada no dia 29 de maio passado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia Fazendária para investigar a prática de contravenção do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.As empresas Ello FMC e Colibri são apontadas como administradoras dos jogos de azar Estado e 32 pessoas foram presas na ação policial.