A 2ª Vara Criminal de Cuiabá determinou a progressão da pena cumprida pelo ex-deputado estadual e coronel aposentado da Polícia Militar (PM), Pery Taborelli. Audiência realizada no dia 24 de outubro formalizou a mudança do regime semiaberto para o aberto. O militar não será mais monitorado por tornozeleira eletrônica, mas segue sem o direito de portar arma de fogo. Leia também - Taborelli é condenado por abuso de poder“Compulsando os autos, verifica-se que o recuperando Pery Taborelli da Silva Filho já atingiu o lapso temporal necessário à progressão do regime semiaberto para o aberto no dia 15.04.2018. No mais, observo que o recuperando cumpriu regularmente com as condições impostas em audiência para a permanência no regime semiaberto e inexiste qualquer notícia de nova prática delitiva”, afirma trecho da decisão. O regime aberto será cumprido mediantes condições. Taborelli deve comparecer mensalmente em juízo; comprovar as suas atividades lícitas (holerite do mês); trazer prova da residência fixa (conta de água, luz ou telefone); não se ausentar da Comarca, nem mudar de residência, sem prévia autorização deste Juízo; não andar armado; não ingerir bebidas alcoólicas ou drogas; não frequentar bares, boates, casa tolerância e locais de reputação duvidosas; recolher-se todos os dias, inclusive nos sábados, domingos e feriados, às 22h, em sua residência, sair para o trabalho a partir das 6h. Caso descumpra alguma das condições, o ex-deputado pode regredir fase do regime condenatório ou até mesmo ser preso novamente. Prisão Taborelli foi acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter conduzido e prendido adolescentes de maneira violenta durante a festa dos 150 anos do município de Rosário Oeste, nos dias 24 e 25 de julho de 2011. Conforme o relato, o então policial militar teria se irritado com a desorganização da festa e a suposta venda de bebidas alcóolicas a adolescentes. Por conta disso, o ex-deputado e ex-vereador foi condenado, inicialmente, a 4 anos, 2 meses e 23 dias de detenção, além do pagamento de R$ 30 mil para reparação dos danos causados às vítimas. Uma das condições impostas para cumprir a pena no semiaberto era que o ex-deputado comparecesse a audiência. Todavia, o oficial de justiça responsável por intimá-lo não o encontrou no endereço informado nos autos do processo, o 4º Batalhão de Polícia Militar de Várzea Grande, onde o coronel aposentado trabalhava. No dia 31 de outubro de 2017 a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou a expedição do mandado de prisão contra Taborelli. A prisão foi convertida no uso da tornozeleira e na proibição de portar armas. Quando o equipamento de monitoração foi instalado, Taborelli recebeu a comunicação de que em caso de descumprimento das normas, uma nova prisão seria decretada.