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MT precisa que o Legislativo sirva ao cidadão, diz novo deputado

Gazeta Digital

Gazeta Digital|Do R7

João Jose
João Jose

Um dos 5 médicos eleitos ao cargo de deputado estadual na Assembleia Legislativa, João José de Matos (MDB) tem como foco de atuação a saúde pública do Estado. Além de querer lutar pelo fortalecimento da agricultura familiar e também para melhorar as condições de vida das pessoas que moram em assentamentos. O parlamentar novato defende a redução do duodécimo e outras medidas para melhorar a situação financeira de Mato Grosso, que passa por um colapso. Confira a entrevista a seguir.

Porque decidiu concorrer ao cargo de deputado estadual?

Eu moro em Mato Grosso vai fazer 34 anos, sou médico e trabalho na área de nefrologia que é quase 100% atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Morei 25 anos em Cuiabá e estou há 9 em Tangará. Temos um conhecimento bastante profundo da saúde pública, do sofrimento das pessoas. Sou da época que no Estado tinha uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e era um sofrimento. Enquanto na Capital tem hospitais que atendem ao grande público, no interior não é assim. Meu filho, já falecido, também médico me incentivou e sempre achei que era muito difícil ser político sem dinheiro, mas conversando com amigos da área e decidi ser candidato.

O senhor deve apresentar e defender quais propostas na Assembleia?


Como já disse, meu foco maior é a saúde, porque hoje o que vemos é um sistema sucateado no Estado. Mas também quero trabalhar pela educação. Porque a educação é a base e se não tiver qualidade no ensino que é disponibilizado, não tem nada. É a estrutura da família, do estado. Se você educa uma criança, ela vai ser um cidadão de bem. Tem que dar condições às nossas crianças e jovens. Outra pauta é a infraestrutura. As estradas pelo interior são uma vergonha. Muitos morrem por causa de acidentes. Então isso tem que mudar.

O senhor é mais um médico eleito ao Legislativo. Acha que agora vai ser criada uma bancada da saúde?


Sim, temos pessoas que estão diariamente lidando com a população e se não melhorar a saúde dessa vez, nunca mais melhora. Se o governo der condições e tivermos boas ideias tudo vai mudar. Cada um representa uma região, então essa bancada da saúde representa o Estado inteiro. Todos atuam diariamente e sabem o que o cidadão está precisando.

Quais pautas a bancada pode defender?


Uma delas muito importante é a progressão para os médicos. Muita gente está indo para a saúde pública e necessita de mais profissionais. Esses médicos, principalmente os que são jovens, têm que ter esse regime de progressão e um plano de carreira. Porque sabendo como vai ser seu futuro, você trabalha melhor.

Como avalia a renovação na Assembleia Legislativa, que terá 14 estreantes?

Essa renovação é o espírito da sociedade brasileira, de uma modo geral e aconteceu no país inteiro, não só em Mato Grosso. Acho que as pessoas estavam muito descrentes com a política e com os políticos profissionais. Nada acontecia. As pessoas começaram a acreditar que poderiam fazer alguma coisa. Acreditaram no discurso do novo, porque a grande maioria desses deputados que se elegeram pela primeira vez não tinha muito dinheiro. E se tornou agora uma grande responsabilidade para gente.

A Assembleia possui uma imagem negativa perante a sociedade devido aos vários casos de corrupção. Como pretende ajudar a mudar isso?

Eu tenho que dar o exemplo, não fazendo da Assembleia e do meu cargo balcão de negócios. No meu gabinete as pessoas que trabalharem comigo vão dar exemplo porque nós representamos o povo de Mato Grosso. Vou tentar mostrar que a sociedade pode voltar a acreditar na política. Porque tudo depende da política. É preciso ser uma Assembleia cidadã e servir o cidadão.

Com o Estado em crise econômica se fala muito em cortar gastos, o senhor acredita que o duodécimo da AL deve ser reduzido?

Mato Grosso está em um momento ímpar com toda essa renovação e é preciso agora sentar na mesa com os poderes e dialogar. Se todo mundo doar um pouquinho, economizar um pouco, vai ser bom para todos. E temos condições de fazer isso. Mas é preciso muito diálogo para que não haja prejuízos nos serviços prestados em nenhuma das instituições.

Qual será sua postura em relação ao governo Mauro Mendes? Existe alguma orientação do seu partido nesse sentido?

Até agora nenhuma orientação. Somos da base. Só que temos que descer do palanque e nosso partido agora se chama Mato Grosso e o que for bom para o estado eu vou votar. Tudo com muito diálogo. Assim é possível fazer um trabalho decente.

Perfil

João José de Matos é português naturalizado brasileiro. Tem 62 anos, novato na política, reside em Tangará da Serra há 9 anos, onde obteve 33% dos votos. Médico nefrologista há 36 anos, já morou 20 anos na Capital, onde possuía clínica de hemodiálise.

Fundou o Centro de Hemodiálise após ter atuado em grandes hospitais, dentre eles, Hospital Geral Universitário (HGU), Hospital Santa Helena, Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), Hospital São Matheus, Hospital Jardim Cuiabá e Hospital Santa Rosa.

Já fez parte das diretorias da Associação Médica de Mato Grosso e do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRMMT).

Recebeu nas eleições de 2018, 19.836 votos e ficou na 15ª colocação geral em Mato Grosso e em 7º na coligação.

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