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Líderes da rebelião no RN são ligados ao PCC 

Motim começou após uma briga entre integrantes de facções criminosas rivais 

Cidades|Da Agência Brasil

Autoridades informaram já ter identificado seis presos que comandaram a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz
Autoridades informaram já ter identificado seis presos que comandaram a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz Autoridades informaram já ter identificado seis presos que comandaram a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz

Pelo menos seis homens, pertencentes à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foram identificados como os responsáveis pela rebelião que destruiu parcialmente a Penitenciária Estadual de Alcaçuz e o Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, na região metropolitana de Natal. A rebelião foi controlada no início da manhã deste domingo, 15, por policiais militares e agentes penitenciários. Há ao menos 10 detentos mortos.

Segundo os secretários estaduais da Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e da Segurança Pública e Defesa Social, Caio César Marques Bezerra, a participação de outros detentos na rebelião está sendo apurada. Todos os apenados cujo envolvimento ficar provado responderão a processos criminais, podendo ser transferidos para presídios federais de segurança máxima.

O número exato de mortos e feridos ainda está sendo averiguado. Em coletiva de imprensa concedida esta manhã, em Natal, Virgolino confirmou a morte de pelo menos dez detentos, mas não descartou a hipótese deste número ser maior. Apesar das mortes e dos danos materiais à penitenciária, o secretário da Justiça e da Cidadania classificou a operação de retomada do controle da unidade como um sucesso.

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"Durante a semana, sofremos críticas dizendo que quem mandava no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte não era o estado. Se o estado não tivesse total controle, outras unidades prisionais tinham se rebelado, como aconteceu em 2015. Por que eu digo que foi um sucesso? Porque conseguimos evitar um maior número de mortes. O pavilhão [rebelado] tem 200 presos. Se morreram dez ou 20 é ruim. Ninguém queria que isso acontecesse, mas podiam ter morrido os 200", disse Virgolino, destacando o fato de nenhum agente penitenciário ou policial militar ter sido ferido durante a rebelião.

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As mortes em Alcaçuz são mais um episódio da guerra entre facções criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas, sobretudo do narcotráfico. De acordo com as autoridades potiguares, as rebeliões e as chacinas de presos registradas no Amazonas e em Roraima nos primeiros dias do ano “estimularam” os detentos do Rio Grande do Norte. Segundo Virgolino, em todas as unidades da federação do país, o clima no sistema prisional é de tensão. No decorrer da última semana, a Polícia Militar (PM) já tinha apreendido armas e celulares no interior da penitenciária.

“Como em qualquer outro canto do país, no Rio Grande do Norte há uma briga entre facções criminosas. Há uma organização de nível nacional que está tentando dominar o Brasil. E há as facções locais que tentam impedir esse crescimento", comentou Virgolino, confirmando que, no interior da Penitenciária de Alcaçuz, há detentos que afirmam pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e outros ligados à Família do Norte (FDN), facções rivais.

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