Morre em SP sobrevivente de bomba atômica de Hiroshima, Takashi Morita, aos 100 anos
Takashi Morita de mudou parta São Paulo em 1956. No país, ele fundou a Associação Hibakusha Brasil pela Paz, que reúne sobreviventes das bombas
Cidades|Thays Martins, do R7, em Brasília
Morreu, nesta terça-feira (13), aos 100 anos, o comerciante Takashi Morita. Imigrante do Japão, Takashi Morita era conhecido por ter sobrevivido à bomba atômica de Hiroshima, em 1945. Takashi era soldado japonês e estava a pouco mais de 1 km de distância de onde a bomba explodiu. Ele chegou a enfrentar leucemia duas vezes.
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Takashi Morita morava em São Paulo desde 1956, antes viveu no Japão por mais 12 anos e ajudou na reconstrução do que foi destruído pelos ataques. A morte dele foi confirmada pela Escola Técnica Estadual de Santo Amaro, que fica na Zona Sul da cidade e leva o nome dele. “Sua história está eternizada na Etec que leva seu nome, e sua mensagem continuará a inspirar esta e as próximas gerações”, disse a instituição pelas redes sociais.
Em 1984, ele foi responsável pela fundação da Associação Hibakusha Brasil pela Paz, que reúne sobreviventes das bombas que caíram sobre cidades japonesas na segunda guerra.
Já em 2017, Takashi lançou a autobiografia “A Última Mensagem de Hiroshima: O que Vi e Como Sobrevivi à Bomba Atômica” (Universo dos Livros). No livro, ele relata não ter mágoas dos norte-americanos, responsáveis pelas bombas. “Estavam apenas fazendo o seu trabalho”, disse.
Em 1945, nos dias 6 de agosto e 9 de agosto, as cidades de Hiroshima e Nagasaki foram alvo de bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos. O ataque é considerado o fim da Segunda Guerra Mundial. Cerca de 300 mil pessoas morreram, 80 mil instantaneamente.