Mostra de cinema exibe cena de sexo em escola e causa polêmica no AP; organização se pronuncia
Governo do Amapá vetou a mostra após o ocorrido e solicitou apuração dos fatos
Cidades|Do R7

A 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos exibiu um filme com uma cena de sexo em uma escola de ensino fundamental no Amapá e gerou uma série de críticas nas redes sociais. A organização da mostra pediu desculpas pelo ocorrido e alegou que houve um erro na atribuição da classificação indicativa do filme. O momento foi gravado por alunos que riam e gritavam na hora da cena.
“Pedimos sinceras desculpas à comunidade escolar e ao público pelo ocorrido. Destacamos que houve um erro na atribuição da classificação indicativa do filme desta sessão específica e, a partir deste episódio, foi realizado uma reavaliação interna para adequação de forma mais precisa ao seu conteúdo. É importante esclarecer que a escola e a produção local na cidade de Macapá, não têm qualquer responsabilidade sobre o ocorrido”, disse em nota.
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Após a polêmica, o governador em exercício do Amapá, Teles Junior (PDT), usou as redes sociais para dizer que mandou suspender a mostra na escola. “É inadmissível tamanha irresponsabilidade dos idealizadores do evento para com os alunos. Além disso, solicitei a imediata apuração dos fatos para que ocorra a eventual punição dos envolvidos", disse.
A mostra é promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e ocorre até este mês em todo o país. O filme exibido aos estudantes, em 19 de novembro, foi “Cidade; Campo”, estrelado por Bruna Linzmeyer e premiado no Festival de Berlim deste ano.
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos disse que “considera inadmissível que o filme “Cidade; Campo“ tenha sido exibido a estudantes de escola pública”. A pasta informou que no momento que tomou conhecimento do fato solicitou a imediata apuração dos fatos junto ao setor da Universidade Federal Fluminense, responsável pela produção da 13ª Edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos. “A pasta tomará as providências cabíveis para apuração e a devida responsabilização por esse fato”, disse.