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PF faz operação contra grupo que enviava animais exóticos pelos Correios e apreende cobra píton

Serpente encontrada pelos investigadores não é nativa do Brasil; traficantes podem pegar até 12 anos de prisão

Cidades|Natália Martins, da RECORD


A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (28), expedidos pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, contra uma rede criminosa formada por criadores clandestinos de animais que faziam tráfico ilegal das espécies por meio dos Correios. Durante a operação, os agentes apreenderam diversos répteis, entre eles uma cobra píton, que não existe no bioma brasileiro e é considerada exótica no país.


Os mandados foram cumpridos em Serrinha (BA). Segundo a investigação, os membros do grupo comercializavam diversas espécies pela internet e utilizavam o serviço postal realizar a entrega.

A PF alerta que o tráfico de animais, silvestres ou exóticos, causa enorme prejuízo à fauna brasileira, criando graves desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos, podendo expor determinadas espécies ao risco de extinção.

Segundo a Polícia Federal, alguns répteis exóticos comercializados pelos investigados, caso fossem soltos, além de ameaçar as espécies nativas da região, poderiam transmitir parasitas nocivos e desencadear o surgimento de novas doenças no país.


Ainda de acordo com a corporação, as cobras do gênero píton, naturais da Ásia, vivem cerca de 30 anos e podem dizimar a fauna local, pois não têm predadores no Brasil e se reproduzem sozinhas.

Os animais aprendidos até agora foram encaminhados para reabilitação ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Bahia. Quando possível, as espécies serão devolvidas à natureza.


Segundo a Polícia Federal, a investigação teve início com a apreensão de répteis na Agência Central dos Correios em Simões Filho (BA), quando funcionários da agência detectaram, pelas imagens do scanner, que algumas caixas postais tinham carga viva.

Os investigados vão responder pelos crimes de tráfico, maus-tratos de animais, introdução de espécime animal exótica no país, sem autorização; receptação e falsidade ideológica. As penas, somadas, podem chegar a 12 anos de reclusão.

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