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Projeto auxilia professores com e-books e mentoria de ensino a distância

A pandemia do novo coronavírus desencadeou em um processo intenso de transformações,

Cidades|Do R7

A pandemia do novo coronavírus desencadeou em um processo intenso de transformações, não somente na área de saúde, mas também em diversos setores da sociedade. Seja nos aspectos de proteção individual, ou nas estratégias de conter o avanço da doença, as pessoas estão envolvidas em novidades que devem se perpetuar mesmo quando tudo passar.

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Um dos setores que precisaram inovar as ferramentas em meio ao distanciamento social provocado pelo surto da Covid-19 foi o da educação. Sem aulas presenciais, escolas, professores e alunos tiveram que se adaptar para que os conteúdos não deixassem de ser abordados, inclusive para que o ano letivo não fosse perdido em virtude da pandemia.

Sendo assim, a única alternativa foi a tecnologia. Proporcionando métodos de ensino a distância, a internet foi o meio que os profissionais envolvidos com a educação mantivessem as atividades em dia. Porém, toda novidade requer novas práticas nem sempre habituais. Ou seja, os professores tiveram que se reinventar para que as aulas continuassem sendo atrativas, mesmo que a distância.


Fabricante de Ideias

Pensando nisso, a Fabricante de Ideias, um projeto que visa instrumentalizar e empoderar professores para uma melhor intervenção e aprendizagem em sala de aula, foi criado, para auxiliar os docentes na nova realidade educacional. Veja o vídeo no topo da matéria.

O projeto deparou-se com uma problemática que as instituições de ensino superior acabam vivenciando, que é a falta de prática pedagógica dos docentes. De acordo com Rosa Virgínia, doutora em educação e criadora e gestora da Fabricante de Ideias, a maioria dos professores do ensino superior não têm graduação em licenciatura, sendo contratados pela habilidade que detêm nas devidas áreas de trabalho, o que, segundo ela, dificulta no aprendizado dos alunos.


“A questão central é: a grande maioria dos docentes do ensino superior não tem licenciatura, acaba-se contratando pela habilidade na carreira, o que faz sentido por um lado. Mas, por outro, os professores repetem os modelos como foram educados. De forma expositiva, avaliando sem muitos critérios e com pouco senso didático. Hoje essa questão é visceral se considerarmos que os nativos digitais chegaram à universidade. Isso impõe à docência do ensino superior maior profissionalização”, disse a doutora Rosa Virgínia.

Cursos e mentoria online

Observando os problemas vivenciados pelos docentes, principalmente neste período de pandemia, a Fabricante de Ideias oferece cursos online, mentoria individual online para docentes, ou mentoria em grupos, também online, além de e-books sobre educação.


Além das possibilidades individuais, voltadas aos docentes, também há a vertente institucional. As instituições podem contratar a consultoria da Fabricante de Ideias (pacote de cursos e orientações para seus professores e gestores) para desenvolvimento com os seus profissionais.

Pandemia

Sabendo que após o período de pandemia tudo voltará ao normal, mas com várias restrições, principalmente no tocante à aglomerações, questão inerente à sala de aula, a gestora da Fabricante de Ideias acredita que o modelo de ensino a distância deve se perpetuar, entretanto, com todos os cuidados relacionados à inclusão social e no combate à evasão escolar.

“As mudanças educacionais foram importantes e profundas! Há muito tempo havia pressão pela inserção da tecnologia nas salas de aula, para além do EaD, as próprias diretrizes de curso e avaliações in loco do Ministério da Educação (MEC) falam o tempo todo em inovação, mas isso não se realizava. A pandemia impôs a velocidade que faltava”, ressaltou Rosa Virgínia.

Desigualdade social

Ela revelou a preocupação com as pessoas que não têm acesso à tecnologia, ficando limitadas apenas às aulas presenciais. Rosa Virgínia destacou o risco que o aumento das possibilidades de ensino a distância pode colaborar para a evasão escolar.

“O problema é termos grandes desigualdades sociais, e logicamente digitais no país – e corre-se o risco de aumentar a exclusão educacional pela evasão”, pontuou.

A doutora em Educação afirmou que também há uma desorganização em lidar com o ensino a distância nas instituições do Brasil, que tocam os projetos da área sem o devido planejamento.

“Além disso, algumas instituições em crise acabam por utilizar as plataformas digitais sem o necessário planejamento educacional e pedagógico. Acabam costurando um ‘Frankstein Educacional’ em nome da inovação”, esclareceu.

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