Renda média em lares com TV por assinatura é o dobro que em casas sem esse serviço
Segundo o IBGE, em 2023, 94% dos domicílios do país tinham aparelho de televisão, e a renda média nessas casas foi de R$ 1.905
Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
Em 2023, o rendimento médio mensal real per capita nas casas que tinham acesso a serviço de televisão por assinatura foi de R$ 3.041. O valor é quase o dobro do que o apresentado pelos domicílios sem esse tipo de serviço (R$ 1.505). É o que diz a pesquisa “Pnad Contínua: Acesso à internet e à televisão e posse de celular para uso pessoal”, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o estudo, a renda média mensal real per capita nos lares que tinham TV por assinatura foi 45% maior do que nos domicílios que tinham esse aparelho com recepção por antena parabólica (R$ 1.367).
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Nos domicílios sem acesso a serviço de TV por assinatura, em 2023, 34,9% não adquiriam o acesso por considerá-lo caro e 54% por não haver interesse pelo serviço.
O IBGE informou que esses foram os dois principais motivos mais indicados pelas pessoas, abrangendo 88,9% desses domicílios. Aqueles que não tinham o serviço de TV por assinatura porque os vídeos (inclusive de programas, filmes ou séries) acessados pela internet substituíam esse serviço representavam 9,5%, enquanto os que não o tinham por não estar disponível na área em que se localizava o domicílio, somavam somente 1%.
Por região
Nas regiões, os dois motivos mais indicados para não adquirir o serviço de TV por assinatura foram os mesmos. Para os domicílios que não tinham esse serviço por não estar disponível na área em que se localizava o domicílio, o resultado da região Norte (2%) foi destaque em relação às demais, que variaram de 0,8% a 1%.
No caso das casas sem esse tipo de serviço porque os vídeos acessados na internet o substituíam, os resultados variaram gradualmente de 8%, na região Norte, a 12,6%, no Sul
94% dos lares brasileiros têm TV
A pesquisa também mostra uma tendência de queda no número de pessoas com televisão em casa. Enquanto em 2016, havia televisão em 97,2% dos domicílios, em 2023 são 94,3% dos lares. O resultado também configura uma queda em relação a 2022, quando 94,9% dos domicílios tinham o aparelho.
Segundo o levantamento, os maiores resultados ficaram com as regiões Sudeste (96,5%) e Sul (96%). Por outro lado, o Norte apresentou a menor proporção, 88,8%.
Ao todo, 95,1% dos lares localizados em áreas urbanas tinham televisão no ano passado. Já nas áreas rurais, a proporção era de 88,5%.
Número de casas com TV de tela fina tem alta
De 2022 para 2023, o número de lares com TV de tela fina aumentou, passando de 64,9 milhões para 68,5 milhões. Já o número de domicílios com TV de tubo caiu (de 8,7 milhões para 6,8 milhões). O IBGE avalia que essa tendência tem se manifestado desde 2016, início da série histórica da pesquisa.
O percentual de casas com somente televisão de tela fina subiu de 87,9% para 90,8% em 2023, enquanto o daqueles com somente televisão de tubo caiu de 9,2% para 7,2%. Aqueles com ambos os tipos de televisão tiveram redução de 2,9% para 2%. Esses movimentos ocorreram em todas as regiões.
Renda média
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios em que havia o aparelho foi de R$ 1.905, valor 71,2% superior ao rendimento (R$ 1.113) dos domicílios que não tinham televisão em 2023. No ano de 2022, essa diferença foi de 64,1%.
O nível do rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios em que havia televisão de tela fina foi mais elevado que o rendimento naqueles que tinham televisão de tubo.
No país, esse rendimento nos domicílios com televisão de tubo (R$ 980) representou 49,4% do rendimento nos que tinham televisão de tela fina (R$ 1.983).