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Suspeito de jogar ácido em cinco pessoas no RS é preso em Curitiba

Wanderlei da Silva Camargo Júnior também é suspeito de incitar outras pessoas a praticarem o mesmo crime, afirma a delegada Adriana da Costa

Cidades|Do R7

Peritos fazem análise da roupa de uma das vítimas
Peritos fazem análise da roupa de uma das vítimas

Após quatro meses de investigação, um homem acusado de ter jogado ácido em cinco pessoas na zona sul de Porto Alegre foi preso em Curitiba na sexta-feira (4). Além do mandado de prisão contra Wanderlei da Silva Camargo Júnior, de 48 anos, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois no Paraná e outro no Rio Grande do Sul.

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Na residência do suspeito foram apreendidos materiais que serão encaminhados à perícia para análise química e equipamentos de informática.

"O preso também é suspeito de, alguns dias após os ataques, ter jogado uma carta em um pátio de residência incitando outras pessoas a praticarem o mesmo crime", afirmou a delegada Adriana Regina da Costa.


Conforme a investigação policial, Camargo Júnior teria alugado três veículos em Porto Alegre para realizar os crimes.

A motivação do delito ainda não foi esclarecida pela polícia, mas informalmente o suspeito teria relatado à investigação que o objetivo da ação era convencer a ex-companheira a viver com ele no Paraná, mostrando que Porto Alegre não seria uma capital segura para viver.


Camargo Júnior será transferido para o Presídio Central de Porto Alegre, onde aguardará o julgamento.

Relembre o caso


Em junho, quatro mulheres e um adolescente de 17 anos sofreram queimaduras no rosto e no pescoço após serem atacados por um homem que jogou ácido nas vítimas, na zona sul de Porto Alegre.

Uma das vítimas relatou à reportagem que transitava a pé pela Rua Santa Flora, no bairro Nonoai, quando foi atingida por um líquido no rosto. O autor, segundo ela, era um homem que estava em uma bicicleta.

"Eu estava voltando do trabalho, eram quase 23 horas, quando senti um homem se aproximando de mim em uma bicicleta. Na hora pensei que ia ser assaltada, mas ele passou por mim jogou um líquido no meu rosto e, a partir daí, só senti minha pele arder, queimar", contou Bruna Machado Maia. "Parecia que estava derretendo tudo."

Além do rosto, Bruna sofreu queimaduras no ombro esquerdo.

A vítima, após ser atendida no Posto de Saúde da Vila Cruzeiro, registrou a queixa na delegacia. Na mesma semana, entre os dias 19 e 20 de junho, mais outras três mulheres e um adolescente sofreram queimaduras.

O "modus operandi" do autor, porém, foi diferente: o criminoso passou de carro e atirou o líquido nas vítimas pela janela.

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