Muitas vezes temos a nítida sensação de que o tempo passa em velocidades diferentes em determinadas situações. Quando a pessoa está se distraindo com alguma tarefa prazerosa parece que o tempo passa muito mais rápido do que quando ela está fazendo alguma coisa que não está entre suas atividades preferidas.
E isso não acontece apenas em momentos específicos. Muitas pessoas também sentem isso ao longo de uma vida inteira ou em determinados momentos macro. Por exemplo, as pessoas tendem a acreditar que o tempo passou muito rápido durante a infância, mas somente depois que chegam na fase adulta.
Diante desta confusão de tempo, alguns pesquisadores decidiram tentar entender melhor o que acontece com essa sensação de tempo que as pessoas acabam tendo, tanto aquelas que acreditam que o tempo “voa” quanto aquelas que acham que o tempo está “se arrastando”. E a pesquisa indica que essas diferenças de percepções estejam relacionadas as células cerebrais cansadas.
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Pesquisadores do Centro de Redes Neurais e de Informação do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação do Japão fizeram experimentos com pessoas que recebiam diferentes estímulos: Algumas delas via apenas um círculo cinza em um fundo preto por 250 milissegundos, por trinta vezes consecutivas; a outra parte, por 750 milissegundos.
Depois disso, todos os participantes do grupo foram submetidos a um ruído branco, que é um sinal sonoro que contém todas as frequências na mesma potência. Os cientistas questionaram os participantes sobre a percepção do tempo após esses testes iniciais: eles deveriam dizer se o estímulo do teste visual era mais longo ou mais curto do que o estímulo sonoro.
Ao colher as respostas, o grupo exposto a um estímulo mais longo superestimou o tempo do ruído branco; já o grupo estimulado visualmente por menos tempo subestimou o tempo do estímulo sonoro. Isso indicaria que o nível de atividade das células cerebrais estaria diretamente relacionados a percepção de tempo.
A pesquisa, de acordo com os cientistas, também ajudaria a entender melhor como funcionam os neurônios. Quando eles são submetidos a atividades nas quais existem mais repetições, os neurônios ficam mais cansados e acabam se acomodando ao ritmo do estímulo.