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Banco Central eleva de 1% para 1,7% a previsão de crescimento do PIB em 2022

Apesar da projeção melhor, autoridade monetária prevê impacto da alta dos juros no crescimento econômico dos próximos meses

Economia|Do R7

BC diz que alta do PIB no 1º trimestre surpreendeu positivamente
BC diz que alta do PIB no 1º trimestre surpreendeu positivamente BC diz que alta do PIB no 1º trimestre surpreendeu positivamente

O BC (Banco Central) aumentou de 1% para 1,7% a perspectiva de avanço do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país — em 2022. A nova projeção foi apresentada nesta quinta-feira (23) e será oficializada na próxima quinta-feira (30) pelo RTI (Relatório Trimestral de Inflação).

A revisão, na comparação com a análise divulgada em março, considera que o crescimento de 1% da economia no primeiro trimestre surpreendeu positivamente. Com a divulgação, a nova expectativa é que o setor de serviços, responsável por 70% do PIB, cresça 2,1% neste ano, ante projeção anterior de alta de 1,4%.

Já a previsão de alta do consumo das famílias, também importante para a conjuntura econômica nacional, foi alterada de 1,1% para 1,7%. Por outro lado, a nova perspectiva aponta para a redução de 0,5 ponto percentual das contas do governo, de 2,3% para 1,8%.

Apesar da perspectiva mais otimista, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, avalia que o ciclo que elevou a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 2% ao ano para 13,25% ao ano no período de um ano e meio, é um fator que vai limitar o desempenho futuro do PIB.

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"Grande parte do aperto monetário ainda vai ser sentido, tanto na inflação quanto no crescimento. Então, nós esperamos uma desaceleração da atividade nos próximos trimestres", afirma Guillen.

A autoridade monetária cita ainda que a incerteza na projeção "permanece maior do que a usual, em cenário de continuidade da guerra na Ucrânia e de riscos crescentes de desaceleração global em cenário de inflação pressionada”.

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As falas vão em linha com a decisão de elevar a taxa básica de juros a 13,25% ao ano e levam em conta que a taxa Selic é a principal ferramenta monetária para combater a inflação, atualmente em 11,73% no acumulado dos últimos 12 meses e na casa dos dois dígitos desde setembro do ano passado.

Ao aumentar os juros, o BC encarece o crédito, reduz a disposição para consumir e estimula novas alternativas de investimento pelas famílias e empresas, o que tende a puxar os preços para baixo em uma ação para equilibrar a oferta e a demanda pelos bens e serviços disponíveis na economia.

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