A bolsa brasileira encerrou no azul esta segunda-feira (29), penúltimo pregão de 2014, à medida que o mercado norte-americano se manteve de seus níveis máximos e, por aqui, investidores buscaram melhorar a performance de suas carteiras no fim do ano. O Ibovespa fechou com alta de 0,9%, a 50.593 pontos. Em dezembro, o índice acumula baixa de 7,55% e, no ano, queda de 1,77%. O giro financeiro do pregão foi novamente fraco, de R$ 3,5 bilhões ante média diária em 2014 de R$ 7,3 bilhões, com muitos participantes do mercado fora de suas mesas nos pregões entre os feriados de Natal e Ano Novo. O índice ameaçou devolver ganhos pouco antes da abertura de Wall Street, mas a bolsa brasileira deu continuidade ao movimento ascendente com o S&P 500 operando no azul. A Bovespa também foi favorecida pelo movimento de investidores que tendem a puxar o mercado para cima nos últimos pregões do ano para melhorar o desempenho de suas carteiras, segundo o operador Pedro Arantes, da BGC Liquidez. "É um ajuste de posições e uma defesa das carteiras de quem vai fechar o ano e receber a performance baseado no índice", disse Arantes. As maiores influências positivas sobre o Ibovespa foram exercidas pela gigante de bebidas Ambev, e pelas companhias exportadoras de alimentos BRF e JBS, em dia de alta de mais de 1% do dólar ante o real. A mineradora Vale também avançou, após ganho de quase 2% do minério de ferro com entrega imediata no mercado chinês. Embraer fechou com valorização de 0,86%, após a fabricante de aeronaves anunciar mais cedo nesta segunda que assinou acordo com a NetJets para a conversão de 10 opções de compra do jato executivo Phenom 300 em pedidos firmes. "Esse valor adicional [ao contrato] é de um total de US$ 90 milhões, o que é pouco relevante para a empresa, mas marginalmente positivo", disse a Elite Corretora em relatório. A ação Cemig ficou com a terceira maior valorização do Ibovespa. A diretoria da estatal mineira de energia aprovou na última sexta-feira o pagamento de R$ 230 milhões em juros sobre capital próprio.