O Brasil criou 431.995 empregos com carteira assinada em fevereiro, um aumento de 199% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o saldo foi de 144 mil. Os índices mostram que foram 2.579.193 milhões admissões e 2.147.197 milhões de desligamentos formais no período, segundo dados do novo Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), divulgado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) nesta sexta-feira (28).O saldo de empregos no mês foi o maior já registrado desde a criação do Sistema do Caged, criado em janeiro em 2020. A nova plataforma entrou para substituir o e-social (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas). Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o recorde está atribuído aos programas do governo, como o de reindustrialização e motivações de investimento, por exemplo. Os números representam uma variação de 40% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo de empregos formais registrou 307 mil. Nos últimos 12 meses, o saldo foi de 1.782.761 empregos, resultado de 26.078.335 admissões e 24.295.574 desligamentos.A maioria dos empregos formais criados em fevereiro deste ano são do setor de serviços, com 254.812 mil vagas, indústria, com 69,8 mil postos de trabalho gerados no mês, e de comércio (46,5 mil postos). Na sequência, aparece o setor da agropecuária, com 19,8 mil vagas.A pesquisa indica que em fevereiro, o estoque, relativo à quantidade total de vínculos celetistas ativos, foi de 47.780.769, o que representa uma variação positiva de 0,91% em relação ao mês anterior.Durante a divulgação dos dados do Caged, Marinho, argumentou sobre a previsão do aumento dos juros pelo Banco Central e a geração de empregos. “Nós precisamos de um pacto de mais produção para conter a inflação. Não é restrição de juros, não é aumento dos juros, não é restrição de crédito que leva ao controle da inflação saudável. Porque controlar a inflação de forma supercificial com aumento de juros e restrição de crédito leva ao desemprego, eu acho que ninguém quer”, disse. No último dia 19, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu de forma unânime aumentar a taxa básica de juros em um ponto percentual, para 14,25% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2016. A alta é a quinta consecutiva desde setembro do ano passado. A decisão veio alinhada às expectativas do mercado financeiro, que projetava a elevação dos juros.Entretanto, em ata divulgada, a autoridade monetária avalia que, na próxima reunião, em maio, deve haver um novo aumento da Selic, mas de menor magnitude.