O Brasil fechou o ano de 2024 com um saldo positivo de 1,7 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Novo Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O índice mede o emprego com carteira assinada no país. Os índices mostram que foram 25,6 milhões admissões e 23,9 milhões de desligamentos formais entre janeiro e dezembro do ano passado. Os números cresceram 16,5% em relação ao saldo registrado de 2023. O mês de dezembro apresentou uma redução de 535.547 de empregos, variação negativa de 1,12%.Todos os cinco grupos de atividades econômicas registraram alta no ano passado, sendo os setores de Serviços, Comércio e Indústria os grandes destaques (veja dados a seguir).Segundo o ministério, o setor industrial apresentou bons resultados por conta da boa geração de empregos na indústria de transformação (+282.488).Já a Construção Civil, foi responsável pela geração de +110.921 postos (+4,04%) e a Agropecuária por +10.808 postos no ano (+0,61%).Todos os 27 estados e o Distrito Federal apresentaram saldo positivo. Os destaques foram São Paulo (+459.371); Rio de Janeiro (+145.240) e Minas Gerais (+139.503).A geração de empregos foi também positiva nas 5 regiões brasileiras, com o Sudeste gerando 779.170 postos (+3,35%), o Nordeste +330.901 (+4,34%), o Sul, com a recuperação do Rio Grande do Sul, após o desastre das enchentes no início do ano, gerou 297.955 postos (+3,58%), ficando em 3º lugar entre as regiões.Em termos relativos, as Unidades da Federação com maior variação no mês foram Amapá (+10,07%), Roraima (+8,14%); Amazonas (+7,11%) e Rio Grande do Norte (+6,83%).O salário médio real de admissão ficou em R$ 2.177,96, com aumento de R$ 55,02 (+2,59%) em comparação com o valor do mesmo período de 2023 (R$ 2.122,94). Para os trabalhadores considerados típicos o salário real de admissão foi de R$ 2.211,13 (1,5%, mais elevado que o valor médio, enquanto para os trabalhadores não típicos R$ 1.941,72 (10,8%, menor que o valor médio).Segundo o governo, a retração do mês de dezembro é “típica”, e todas as unidades da federação apresentaram saldos negativos. Os destaques ficam com São Paulo (-190.569), Minas Gerais (-68.617) e Santa Catarina (-43.017). A redução foi verificada em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas, que apresentaram saldos negativos, principalmente no setor de Serviços (-257.703) e Indústria (-116.422). Além disso, houve uma diminuição de praticamente todos os tipos de vínculo, típicos e os não típicos, (-155.735), em especial para trabalhadores com jornadas de até 30 horas, temporários e aprendizes.O governo atualizou a tabela anual de cálculo dos valores do seguro-desemprego, considerando o salário mínimo vigente de R$ 1.518, a partir de 11 de janeiro. O valor do benefício não será inferior ao mínimo. Já os trabalhadores com salários superiores a R$ 3.564,96 receberão de forma fixa o teto do benefício, estabelecido em R$ 2.424,11.Segundo o MTE, o reajuste das faixas salariais para o cálculo do seguro-desemprego considera a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que acumulou elevação de 4,77% em 2024, ante alta de 3,71% em 2023.