Os contribuintes brasileiros já desembolsaram mais de R$ 1 trilhão para o pagamento de impostos aos governos federal, estaduais e municipais somente nos primeiros cinco meses deste ano.
A marca, que contabiliza impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária, foi atingida na madrugada desta terça-feira (3), de acordo com o Impostômetro, da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Em 2021, o resultado foi alcançado 16 dias mais tarde.
Marcel Solimeo, economista da ACSP, classifica o aumento da inflação, que acumula alta de 11,3% nos 13 meses finalizados em março, como o principal vilão dos consumidores brasileiros no pagamento de impostos e contribuições no início de 2022.
“Quanto maior o preço, maior o imposto embutido. Alguns itens estão extremamente tributados, como o caso dos combustíveis e da energia elétrica”, afirma Solimeo ao explicar que parte das taxas incide sobre os preços dos produtos, o chamado imposto embutido.
No mês das mães, os consumidores que saírem para comprar os presentes ou lembranças vão pagar pelo menos 36% em impostos no preço final dos produtos. No caso de perfumes importados, por exemplo, 78,99% são tributos. Os itens nacionais, por sua vez, têm uma taxa um pouco menor, de 69,13%. O cálculo é feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).