Brasília é o principal centro urbano do país na gestão pública, concentrando a maioria das instituições federais. Os dados são do estudo “Gestão Territorial 2024″, publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (26). A capital federal ocupa, de forma isolada, o topo do nível hierárquico, que vai de 1 a 9, com a centralização da administração estatal, enquanto outros municípios abrigam unidades descentralizadas, com atividades fora da sede.LEIA TAMBÉM: Apenas 39% dos municípios brasileiros são centros de gestão territorial, diz IBGEDe acordo com a pesquisa, a gestão pública do território nacional é estruturada por meio de uma rede de centros urbanos, com uma conexão hierárquica entre os municípios.No segundo nível, estão municípios como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, que têm grande alcance regional, com instituições como o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e Tribunais Regionais Federais.Essas instituições descentralizadas desempenham funções variadas, como coleta de informações, cobrança de tributos, serviços de previdência, justiça, organização de eleições e serviços de saúde e educação.O terceiro nível de centralidade de gestão pública, é ocupado por Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR),Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Belém (PA). Esses municípios, juntamente com os dos dois primeiros níveis, são núcleos de metrópoles, ou seja, centros urbanos mais influentes e populosos de suas respectivas regiões.Os municípios de classes intermediárias (níveis 4 e 5) são, em sua maioria, capitais regionais, com grande centralidade, mas menor capacidade de atração de população e gestão do território comparados às metrópoles. Essas regiões incluem 37,5% dos municípios do Norte e 37,5% do Nordeste.As classes intermediárias inferiores (níveis 6 e 7) são ocupadas por centros sub-regionais, enquanto os centros de zona (nível 8) têm capacidade limitada de gestão sobre áreas além do território municipal. A maioria desses centros está na região Sudeste.A cidade de Goiás (também conhecida como Goiás Velho) se destaca no estudo, sendo classificada como nível 6 de gestão pública, apesar de ter apenas 24.071 habitantes. O município conta com uma infraestrutura significativa, incluindo agências do IBGE, INSS, Ministério do Trabalho, Receita Federal e outros serviços estaduais.A última classe de centralidade (nível 9) é composta principalmente por centros locais, nível mais básico da rede urbana brasileira. Segundo o estudo, Embu das Artes (SP), com mais de 250 mil habitantes, é o município mais populoso nesse nível, superando a média de 27 mil habitantes dos Centros de Gestão Pública nível 9. No entanto, a cidade sedia apenas uma vara do trabalho e uma zona eleitoral.