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Com preços mais caros, filhos devem gastar menos de R$ 120 no presente do papai

Pesquisa mostra que o valor médio do presente dos pais será menor do que com namorados

Economia|Do R7


Presente do Dia dos Pais deverá ser mais barato que de namorados
Presente do Dia dos Pais deverá ser mais barato que de namorados

O presente do Dia dos Pais será mais simples neste ano para caber no bolso dos filhos. Segundo uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), a maioria dos consumidores (76,8%) acredita que os presentes estão mais caros do que há um ano. Por isso, vão gastar menos de R$ 120 na lembrancinha.

Com menos sobras no orçamento e diante de preços mais salgados, os consumidores se mantêm distantes dos principais centros de compras. Além disso, entre os consumidores que têm a intenção de presentear o pai, a maioria (66,4%) deve comprar apenas um presente.

O bolso mais apertado para contrair novas dívidas é um dos responsáveis pelo comportamento mais cauteloso do consumidor. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, com o crédito cada vez mais restrito, a inflação elevada e as altas taxas de juros, o consumidor vê o seu poder de compra diminuir e a principal medida para salvar as finanças acaba sendo o corte de gastos.

— Exemplo disso, é que em outras datas comemorativas recentes como Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados, o comércio também apresentou um resultado decepcionante, com queda no volume de vendas parceladas.

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Dentre os entrevistados que planejam gastar menos no Dia dos Pais, o endividamento (24,4%) é a principal justificativa para a contenção de despesas, principalmente entre as pessoas da classe C (26,8%) e com idade entre 35 e 49 anos (36,5%). Outras justificativas completam a lista como a necessidade de economizar (18,45%) e o desemprego (16,6%).

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Comparação

Nesta data, os pais (64%) e os esposos (20,6%) serão os mais presenteados, mas eles devem se contentar com uma recordação mais barata. De acordo com a pesquisa, o valor médio por presente será de R$ 119,83, quantia inferior à intenção de gastos apurada pelo SPC Brasil para o último Dia dos Namorados, que foi de R$ 138.

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É alto o percentual de consumidores reticentes quando indagados sobre o preço dos presentes que pretendem comprar. Mais da metade (50,7%) dos entrevistados afirma não ter ideia do quanto pretende desembolsar.

Outro sinal de que o Dia dos Pais deste ano será econômico é que 46,2% dos entrevistados consultados pretendem comemorar a data em casa, ao passo que apenas 9,7% têm a intenção de festejar o dia em algum restaurante.

O pagamento do presente à vista em dinheiro destaca-se como a principal modalidade utilizada pelos consumidores (53,3%), bem à frente do cartão de crédito parcelado (18,3%), cartão de crédito à vista (13,6%) e cartão de débito (8,5%).

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, afirma que o dado está coerente com o atual momento econômico.

— As pessoas se veem obrigadas a cortar despesas para driblar a inflação e também estão menos seguras em seus empregos. Por isso o ideal é evitar o abuso de parcelamentos e realizar todos os pagamentos a vista.

Presentes

Os presentes mais procurados neste ano são as roupas (53,8%), calçados (23,9%), e acessórios (18,7%) - como cintos, óculos, relógios, meias e gravatas — seguidos pelo almoço em restaurantes (6,5%), livros (5,8%), smartphones (5,4%), vale-presentes (4%) e artigos esportivos (3,5%).

O principal lugar para a compra dos presentes será o shopping center, citado por 55,1% dos entrevistados. As lojas de rua (24,9%) e as lojas virtuais (10,6%) ocupam a segunda a terceira posição no ranking de preferência, respectivamente.

Segundo o levantamento, a procura pelo presente dos pais deve se intensificar pelos próximos dias. Seis em cada dez (66,7%) entrevistados disse que deixará a compra do presente para os primeiros dias do mês de agosto, ou seja, na última hora.

Há ainda os mais atrasados, que só vão comprar neste sábado (8), véspera do Dia dos Pais (9,0%).

“Essa corrida às lojas de última hora é um hábito bastante típico do brasileiro. Com dificuldades para comprar a prazo, boa parte dos trabalhadores vai espera o pagamento cair na conta para comprar o presente”, explica Honório.

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