A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) prevê que o comércio da região metropolitana pode deixar de arrecadar mais de R$ 60 milhões devido à paralisação dos trabalhadores da CPTM, do Metrô e da Sabesp nesta terça-feira (28). A região da rua 25 de Março, a principal de comércio popular de São Paulo, registrou movimento abaixo do normal, com poucos clientes e calçadas vazias. Algumas lojas estavam fechadas por falta de funcionários. Segundo a associação, o prejuízo se dará principalmente por causa da redução nas compras imediatas dos consumidores e da queda na movimentação do comércio referente às compras antecipadas de fim de ano, além do impacto na força de trabalho das mais variadas operações comerciais. "O comércio e o varejo, pilares fundamentais para a dinâmica da capital paulista, serão severamente prejudicados, comprometendo a sobrevivência de muitos empreendimentos, especialmente os pequenos e médios negócios", afirma a associação em nota. "Este é um momento de bom senso e de responsabilidade de todas as partes envolvidas para evitar prejuízos irreparáveis à nossa querida São Paulo. Esta greve, infelizmente, se traduzirá em sérios impactos para o comércio e o varejo da cidade", afirma Roberto Ordine, presidente da ACSP. A ACSP defende a importância do diálogo e a busca por melhores condições de trabalho. "No entanto, é imperativo considerar o contexto no qual esta paralisação se insere. A ACSP compreende que há um caráter político que motiva a paralisação, por isso não apoia sua iniciativa e repudia completamente sua realização", diz o texto. Além de prejudicar a circulação de pessoas, a greve afeta diretamente os serviços essenciais de transporte público e saneamento, com repercussões imediatas sobre a atividade econômica da cidade. A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente em São Paulo e na região metropolitana, é do IEGV/ACSP (Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo.