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Depósitos superam saques na poupança em R$ 540 milhões

Economia|Do R7

Pelo terceiro mês consecutivo, a caderneta poupança mostra um saldo minguado ao registrar captação líquida (diferença entre depósitos e saques) positiva de R$ 540 milhões. Em agosto, a captação de recursos dessa aplicação foi de R$ 518 milhões e, em setembro, de R$ R$ 1,370 bilhão. Este é o terceiro pior resultado do ano, já que, além de agosto, o saldo do mês passado só é maior do que o de abril, quando ficou negativo em R$ 1,273 bilhão. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 6, pelo Banco Central.

Em idêntico mês do ano passado, a captação foi positiva em R$ 4,512 bilhões, o maior valor para o mês da série histórica iniciada em 1995. Já o pior outubro registrado pelo BC foi em 2000, quando o saldo ficou negativo em R$ 1,409 bilhão. Desde 2008, no entanto, não se via um resultado tão baixo para o mês quanto o revelado hoje pelo BC. Na ocasião, o saldo ficou negativo em R$ 284 milhões

Por pouco, o saldo da caderneta não ficou negativo no mês passado. Apenas no último dia de outubro os ingressos foram maiores do que as retiradas de recursos em R$ 2,598 bilhões, o que ajudou a reverter o resultado do mês. Até o dia 30, o resultado revelava que os saques superavam as aplicações em R$ 2,057 bilhões. É comum haver concentração dos investimentos na caderneta no último dia útil de cada mês, com a aplicação das sobras dos salários dos poupadores.

Os depósitos no mês passado somaram pouco mais de R$ 144,222 bilhões, enquanto os saques totalizaram pouco mais de R$ 143,682 bilhões. Incluindo R$ 3,550 bilhões de rendimentos, o saldo total da poupança chegou a R$ 647,503 bilhões em outubro.

No ano, a captação líquida da poupança nos dez meses está em R$ 16,071 bilhões. A aplicação segue como importante investimento entre os brasileiros. Desde maio de 2012, há mudanças nas regras de remuneração da aplicação. Pela nova forma, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a taxa básica está em 11,25% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR.

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