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Dólar fecha a R$ 5,66, com exterior adverso e no aguardo de medida fiscal; Ibovespa sobe

O índice da B3 encerrou o dia com aumento de 0,54%, aos 131.749,72 pontos; já a moeda americana teve leve alta de 0,14%

Economia|Do Estadão Conteúdo

Moeda americana varia com pressão da economia Valter Campanato/Agência Brasil - 08/03/2022

Após um pregão volátil, o dólar fechou em leve alta ante o real, decorrente de um cenário externo mais adverso para moedas emergentes e enquanto o mercado cobra medidas concretas por parte do governo sobre o cenário fiscal. A moeda americana à vista terminou o dia em alta de 0,14%, a R$ 5,6651, maior cotação desde agosto. Por volta das 17h40, o contrato para novembro subia 0,21%, a R$ 5,6720.

O DXY, que mede a divisa americana ante uma cesta de pares fortes também avançou (+0,29%), a 103,561 pontos, no maior nível desde agosto.

Já o Ibovespa ensaiou retomar os 132 mil pontos nos melhores momentos da tarde desta quarta-feira (16), parecendo então a caminho do maior nível de fechamento em duas semanas, mas mostrou avanço menor com a virada no câmbio e também na curva de juros doméstica, do meio para o fim da etapa vespertina.

Assim, o índice da B3 encerrou ainda em alta de 0,54%, aos 131.749,72 pontos, sem quebra de ganhos nas últimas três sessões, em sequência não vista há quase dois meses, desde o intervalo entre 19 e 21 de agosto. O giro foi a R$ 51,7 bilhões, reforçado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.


Na semana, o Ibovespa sobe 1,35%, quase zerando a perda do mês (-0,05%). No ano, o índice da B3 recua 1,82%.

Movimento do dólar

A possibilidade de que o ex-presidente Donald Trump volte à Casa Branca com maior protecionismo e a incerteza sobre a taxa terminal de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pesaram, com o peso mexicano tendo a pior performance entre divisas emergentes e exportadoras de commodities.


No cenário interno, falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterando compromisso com o arcabouço fiscal trouxeram alívio, mas apenas pontual, na sessão.

O cenário externo é o maior fator de pressão para o real nesta quarta-feira, na avaliação de Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora. “O mercado está reavaliando expectativa sobre o Fed e isso está pegando, enquanto também há chance de que o Trump ganhe a eleição americana, o que embutiria maior taxação em cima de guerra comercial”, afirma.


A possibilidade de que o Fed diminua o ritmo de corte na taxa de juros bem como propostas mais protecionistas de Trump tendem a diminuir a atratividade de divisas emergentes, como é o caso do real.

Estes dois fatores levaram a Western Asset a elevar sua projeção de câmbio para o final deste ano de R$ 5,40 com viés de alta para R$ 5,50, com manutenção do viés de alta.

“Nesse balanço de risco, acreditamos que o real deve se depreciar mais do que o esperado anteriormente. Mas ainda vemos uma acomodação no patamar abaixo do que se prevalece hoje”, diz Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset.

Na parte da tarde, falas de Haddad negando que as empresas estatais sairão do arcabouço fiscal e que o marco terá “vida longa” chegaram a contribuir para que o real testasse leve alta, mas o movimento não se manteve.

Para Matheus Massote, especialista de câmbio da One Investimentos, a fala de Haddad ajudou em termos de expectativas, de que o governo irá cumprir com o arcabouço, mas o “mercado ainda não tem segurança total porque ainda não foram anunciadas medidas concretas”.

Ainda assim, a valorização do dólar ante o real nesta quarta foi bem menos expressiva do que a vista no peso mexicano que, de longe, teve a pior performance entre a cesta de moedas emergentes e exportadoras de commodities. Às 17h40, a divisa norte-americana subia 0,99% ante o peso mexicano, acumulando alta de cerca de 4% no mês de outubro e de 17% no ano.

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