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Dólar pode testar R$5 com crescimento econômico e reformas, mas só em 2021, diz Barclays

DOLAR-CENARIO-BARCLAYS:Dólar pode testar R$5 com crescimento econômico e reformas, mas só em 2021, diz Barclays

Economia|

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar pode voltar a testar o patamar perto de 5 reais no ano que vem, mas apenas caso a agenda de reformas e o crescimento da economia brasileira se sustentarem, avaliou Agustin Sicouly, chefe de câmbio para a América Latina do Barclays.

Até o fim deste ano, Sicouly acredita que a moeda tende a rondar os níveis atuais em torno de 5,30 reais, depois de recente desmonte de posições contrárias à divisa brasileira motivado em parte por sinais de retomada econômica e volta do debate sobre reformas.

"Se o Brasil sustentar um crescimento mais forte, vai ficar mais evidente que os 'hedges' no câmbio não vão valer mais a pena, e isso estimularia mais desmonte de posições contrárias ao real, ajudando a moeda a se recuperar mais", afirmou o profissional.

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O dólar cai 5,7% desde a máxima em três meses alcançada em 26 de agosto (5,6124 reais) e recua 10,3% desde que bateu recorde histórico de 5,9012 reais em 13 de maio. Mas, em 2020, a moeda norte-americana ainda dispara 31,8%, o que faz do real a divisa de pior desempenho no mundo. O dólar caía cerca de 1,4% nesta quarta, para 5,29 reais.

Após o recente ajuste positivo para o câmbio depois de o mercado ter acumulado excesso de posições vendidas em real, Sicouly avaliou que a performance do real daqui em diante será mais determinada por expectativas sobre ingressos de recursos num contexto de uma tentativa de retomada econômica e da agenda de reformas.

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"No cenário atual, é possível que tenhamos resultados positivos. Os pontos negativos para o real parecem precificados, então se houver mais clareza nas reformas e um crescimento mais sustentado podemos ver o real continuar a se apreciar."

O chefe de câmbio do Barclays na América Latina afirmou que tem percebido mais interesse no Brasil, com investidores em busca de oportunidades nos preços.

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"Não acho que eles estão comprando Brasil neste momento por causa das incertezas sobre crescimento e reformas, mas estão de olho em potenciais pontos de entrada", disse.

E, mesmo que o real volte a depreciar para níveis perto de 5,65 por dólar, por exemplo, o Banco Central deverá ser mais ativo no mercado e prover liquidez, concluiu Sicouly.

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