Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Dólar recua a R$ 3,09 e fecha a semana no menor nível em 6 meses

Nas últimas cinco sessões, a moeda dos EUA acumulou queda de 1,67%

Economia|Do R7


O dólar caiu e fechou a semana no menor nível em seis meses, abaixo de R$ 3,10 reais, com os investidores animados após as vitórias recentes do governo no Congresso, que podem ajudar na votação da reforma da Previdência, e depois de Antonio Palocci afirmar em depoimento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha uma conta de propinas com a Odebrecht.

Na sessão, o dólar recuou 0,24%, a R$ 3,0945 na venda, menor nível desde os R$ 3,09 de 21 de março. Na semana, a moeda cedeu 1,67%.

Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou R$ 3,0825, menor nível intradia desde 21 de março (R$ 3,06). O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,2%.

"Condições financeiras ainda frouxas lá fora são ventos a favor, ainda. Por aqui, o noticiário tem fortalecido o governo Temer, e afasta, em alguma medida, o 'risco-eleições'", avaliou a corretora Guide em relatório.


O governo conseguiu avançar nesta semana no Congresso com a aprovação da mudança das metas fiscais e também com a criação da TLP (Taxa de Longo Prazo), que contribuirá para o ajuste nas contas públicas ao reduzir os subsídios dos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Com isso, cresceu o otimismo dos investidores para aprovação da reforma da Previdência. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que vai pautar sua votação para outubro, após análise da reforma política pelos deputados, segundo a imprensa.


Os investidores também ficaram mais animados com as eleições do próximo ano, depois que cresceram as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não disputar o pleito em meio à delação do ex-ministro Antonio Palocci. Lula é considerado um candidato menos comprometido com o ajuste das contas públicas.

Em seu depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, Palocci disse que a Odebrecht estabeleceu uma conta de 300 milhões de reais para Lula e o PT para manter uma boa relação com o governo durante o mandato de Dilma Rousseff.


Os investidores também acompanhavam a trajetória do dólar no exterior, com queda firme ante uma cesta de moedas, depois de já ter cedido na véspera, levando a um ajuste aqui no Brasil, que não operou por causa do feriado do Dia da Independência.

A perspectiva de que um novo aumento de juros nos Estados Unidos possa não acontecer neste ano favorece a manutenção de recursos em praças mais atrativas, como a brasileira.

"Há algum suporte nessa região de R$ 3,08. Mesmo com otimismo, mercado vai se questionar se é hora de ir a R$ 3,05. Continuo vendo um intervalo de R$ 3,10 a R$ 3,15", informou o operador da H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão. Em outubro, vencem US$ 9,975 bilhões em contratos de swap cambial tradicional — equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.