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Dólar tem leve alta ante real e fecha em R$ 2,18

Com investidores estrangeiros cautelosos, moeda subiu 0,09% nesta terça-feira (15)

Economia|Do R7

Após sucessivas quedas, dólar tem leve valorização sobre o real
Após sucessivas quedas, dólar tem leve valorização sobre o real

O dólar teve leve alta de 0,09% ante o real e fechou cotado a R$ 2,18 na venda nesta terça-feira (15). O resultado ocorreu em meio aos investidores cautelosos e de olho nos avanços nas negociações orçamentárias entre democratas e republicanos nos Estados Unidos.

A mínima da moeda norte-americana foi de R$ 2,1765. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação continuou baixo, em aproximadamente US$ 825 milhões. Um operador de um banco nacional comentou que os investidores estão cautelosos em relação ao cenário dos EUA.

— Todo mundo está andando na ponta dos pés com esse impasse nos EUA. O impacto nos mercados não está sendo grande porque o pessoal acha que eles vão chegar a um acordo, mas qualquer notícia acaba dando um susto.

Na próxima quinta-feira (17), as negociações fiscais no Senado dos EUA, de maioria democrata, para elevar o teto da dívida e reativar o governo federal foram suspensas até que a Câmara, de maioria republicana, acerte um plano para financiar o governo e evitar a ameaça de default na maior economia do mundo.


O governo de Barack Obama e o Congresso norte-americano lutam para tentar chegar a um acordo para elevar o teto da dívida até quinta-feira, data em que o país esgotará sua capacidade de empréstimos, com apenas US$ 30 bilhões em caixa.

O economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Fávio Serrano, afirmou que o movimento de hoje foi "muito pequeno"


— O mercado está em compasso de espera para ver o que acontece lá fora.

O dólar reagia também à persistente atuação do BC (Banco Central) brasileiro nos mercados de câmbio. Nesta sessão, o BC vendeu o lote total de 10 mil contratos com vencimento em 5 de março de 2014 em sua oferta diária de swap cambial tradicional — equivalente à venda futura de dólares. Mais tarde, a autoridade monetária anunciou para quarta-feira outro leilão com as mesmas condições.


O mercado questiona agora se o BC continuará rolando todos os contratos de swap que vencem no dia 1º de novembro, com volume equivalente a US$ 8,87 bilhões. Isso porque, há quatro pregões que o dólar fica abaixo de R$ 2,20, nível que alguns consideram que pode ser prejudicial às exportações brasileiras apesar de ajudar a retirar pressão sobre a inflação.

O economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, escreveu em relatório que a valorização do real é favorável à inflação.

— A moeda (real) mais forte é boa para o cenário inflacionário, mas reduz a competitividade e aumenta a proporção entre dívida pública e PIB (Produto Interno Bruto). Se essa performance continuar e o real mantiver a tendência de apreciação, acreditamos que o BC pode reduzir a intensidade de sua intervenção no mercado de câmbio.

Ele acrescentou acreditar que o BC deve manter até o final do ano seus leilões diários, mas pode não rolar os contratos que vencem ou não aceitar todas as propostas nos leilões regulares.

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