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Fed continuará a esperar maior confiança com inflação antes de cortar juros, afirma Powell

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reiterou nesta quarta-feira, 12, que a autoridade...

Economia|Do R7

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reiterou nesta quarta-feira, 12, que a autoridade monetária ainda espera obter mais confiança de que a inflação nos EUA caminha à meta antes de decidir cortar juros. Segundo Powell, os dados do começo do ano não ajudaram a aumentar essa confiança.

Durante coletiva de imprensa, o banqueiro central reforçou que, se a inflação seguir forte, o Fed está preparado para manter juros com o objetivo de contê-la.

De qualquer forma, Powell repetiu que as decisões serão tomadas a cada reunião com base na evolução do cenário.

Chance de alta

O presidente do Federal Reserve disse que a autoridade monetária não descarta a possibilidade de ter que voltar a subir juros, mas explicou que esse não é o cenário-base dos dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Powell repetiu que as pressões inflacionárias diminuíram ao mesmo tempo em que a economia permanece resiliente nos EUA.

Segundo ele, a inflação de bens tem flutuado, enquanto os preços estão elevados no segmento de serviços, exceto habitação.

Powell acrescentou que houve alta inesperado nos preços de importados e ressaltou que o crescimento salarial continuam avançando em um ritmo acima do sustentável.

Para ele, com juros restritivos, a expectativa é de que a atividade eventualmente acabe se enfraquecendo.

Dados recentes

O presidente do Federal Reserve afirmou que os dados de inflação divulgados nesta quarta nos Estados Unidos são "bem-vindos", mas ponderou que a autoridade monetária ainda precisa ver mais indicadores favoráveis para decidir que é o momento adequado para cortar juros.

Em coletiva de imprensa, Powell também comentou as projeções indicadas no gráfico de pontos, divulgado junto com a decisão de política monetária. Segundo ele, o instrumento não pode ser encarado como um "plano" ou uma "decisão antecipada".

Para o banqueiro central, os números referentes ao final do ano sugerem números de inflação "bons, não ótimos".

Mercado de trabalho

O presidente do Federal Reserve admitiu que o ritmo de geração de empregos nos Estados Unidos, indicado pelo relatório payroll de maio, veio excessivamente elevado.

Para ele, o quadro geral de mercado de trabalho ainda é forte, mas ainda há sinais de desaceleração.

Em coletiva de imprensa, Powell explicou que há desaceleração gradual no emprego dos EUA.

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