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FMI 'está errando tecnicamente' com o Brasil, diz Paulo Guedes

Em Washington (EUA), ministro da Economia critica análise do fundo monetário sobre gastos do país com o Auxílio Emergencial

Economia|Do R7


Paulo Guedes criticou FMI por ter dito que Brasil gastou demais com auxílio
Paulo Guedes criticou FMI por ter dito que Brasil gastou demais com auxílio

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o FMI (Fundo Monetário Internacional) "tem de falar menos besteira" ao tratar dos gastos do governo brasileiro durante a crise da Covid-19. Segundo estimativa do organismo internacional, divulgada nesta quarta-feira (12) no relatório Monitor Fiscal, o Auxílio Emergencial, que chegou a 4% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional entre os anos de 2020 e 2021, poderia ter custado a metade ao país

No Monitor Fiscal, o FMI avalia a situação das contas públicas de seus países-membros. De acordo com o documento, o governo brasileiro poderia ter concedido auxílio com valor 33% menor (cerca de um terço) para a população mais carente durante a pandemia.

Para o ministro da Economia, que está em Washington, nos Estados Unidos, no lugar de "puxar a orelha" do Brasil, o FMI deveria alertar os Estados Unidos e países da Europa que "estão dormindo no volante", em referência às dificuldades econômicas dessas nações, relacionadas ao crescimento e à inflação.

Na visão do ministro, elas não estão fazendo um "bom trabalho", e Guedes sugere que EUA e Europa "se olhem mais no espelho".

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"Eu acho interessantíssimo isso. Quer dizer, há seis meses, estava todo mundo falando que os brasileiros estão passando fome, e aí o FMI diz que o gasto poderia ter sido menor", disse Guedes, depois de participar de uma conferência do banco JP Morgan, que acontece em meio às reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, na capital dos EUA. 

O ministro afirmou que, enquanto o fundo monetário "está puxando a orelha" do Brasil, o país está crescendo, e sua inflação está mais baixa. E, depois de criticar o organismo, ele baixou um pouco o tom. "Eu não acho que o FMI esteja de má vontade com o Brasil, mas está errando tecnicamente", avaliou.

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Guedes disse, ainda, que o governo brasileiro tem "muito orgulho" dos gastos feitos com o pagamento do auxílio, que permitiram reduzir os índices de pobreza no país.

O FMI reconhece que, sem o Auxílio Emergencial, a população brasileira teria vivido uma perda de renda maior. Entretanto, considera que o programa poderia ter mantido os benefícios com valores menores, e ainda protegeria a população em geral, mas a um custo 50% menor.

O ministro também falou sobre o mercado de câmbio e afirmou que não acredita em intervenção como uma medida segura. Ele disse que, se uma moeda cai em relação ao dólar, é porque não está sendo feito um bom trabalho. "A moeda brasileira é, provavelmente, a que está valendo mais contra o dólar neste ano. Estamos no caminho certo", comentou, acrescentando que o próprio dólar deveria estar mais fraco, por causa da situação econômica dos EUA.

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