O governo piorou a projeção para a chamada DBGG (dívida bruta do governo geral), que é o total das dívidas assumidas pelos três níveis de governo — federal, estaduais e municipais — além da Previdência Social, sem descontar o que o setor público tem a receber ou em caixa.A estimativa é de que agora ela chegará a 81,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2035, com 82% do PIB em 2034. No relatório de Projeções Fiscais divulgado em dezembro, o Tesouro estimava que a DBGG chegaria a 2034, até então o último ano da previsão, em 75,6%.Nessa projeção, agora defasada, o pico da dívida seria atingido em 2027, em 81,8% do PIB. Agora, o ponto mais alto está previsto para acontecer em 2028, com a DBGG em 84,2% do PIB.Para 2026, a estimativa é de que a dívida bruta alcance 81,8% do PIB. Em 2025, esse número é projetado em 78,5% do PIB.A nova previsão consta da PLDO (Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, apresentada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento nesta terça-feira (15).A previsão é que a dívida bruta alcance 83,6% do PIB em 2027, 84,2% do PIB em 2028 e 84% do PIB em 2029, quando começa a trajetória de queda.A PLDO também traz uma previsão para a trajetória da Dívida Líquida do Setor Público, que é o valor total das dívidas do setor público — incluindo União, estados, municípios e estatais — descontando o que esse setor tem a receber e os ativos financeiros que possui, como reservas internacionais e aplicações financeiras.Em 2025, ela seria de 65,7% do PIB, de 70% em 2026, e atingindo o pico em 2029, com 74,2% do PIB. O número se repetiria até 2031, quando em 2032 começa uma trajetória de queda (74,2%), reduzindo até ficar em 73,6% do PIB em 2035.O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que o salário mínimo em 2026 seja de R$ 1.630, aumento de R$ 112 em relação ao valor de 2025.O Executivo prevê que o crescimento do PIB no ano que vem será de 2,5%, enquanto para 2025 a previsão é de alta de 2,31%.No texto, o governo federal destaca a meta fiscal de superávit de 0,25% para o 2026. As regras fiscais dão margem para que a meta fique até 0,25 ponto percentual acima ou abaixo de 0,25% — ou seja, o resultado pode variar de 0% a 0,5%.O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, afirmou nesta terça-feira que a meta de resultado primário para 2026 é prevista em R$ 34 bilhões. Ele disse que as estimativas do governo apontam para uma “folga” de R$ 3,9 bilhões para cumprimento dessa meta. A declaração foi dada durante entrevista coletiva para apresentação do PLDO de 2026.O PLDO definiu que o resultado primário de 2026 será um superávit de R$ 38,2 bilhões para as contas do Tesouro Nacional, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e Banco Central — o equivalente a 0,28% do PIB (Produto Interno Bruto).Esse número é o resultado primário para cumprimento da LDO, que considera o resultado do governo central e despesas não computadas no resultado.Neste caso, o documento apresentou para o exercício de 2026 o resultado primário do governo central como um déficit de R$ 16,9 bilhões, o equivalente a 0,12%.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp