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Greve dos caminhoneiros pesa no bolso dos mais pobres em junho

Estudo do Ipea aponta que inflação das famílias de baixa renda saltaram 1,5% no mês passado, contra alta de 1% para os mais ricos

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Mais pobres sentiram alta no preço dos alimentos e luz
Mais pobres sentiram alta no preço dos alimentos e luz

A greve dos caminhoneiros, que parou o Brasil entre o fim de maio e o começo de junho, pesou mais no bolso das famílias mais pobres, segundo informações reveladas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

A informação, divulgada nesta terça-feira (10) pelo Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, aponta que os preços praticados às camadas mais pobres da população tiveram alta de 1,5% no mês passado. No mesmo período, as famílias mais ricas observaram uma inflação de 1,03%.

De acordo com o levantamento, a inflação para as famílias de menor poder aquisitivo em junho correspondeu a mais que o triplo da registrada em maio.

Consumidor sente no bolso impacto da greve dos caminhoneiros


No mês passado, a parcela mais pobre da população foi atingida, principalmente, pela alta no preço dos alimentos e das tarifas de energia elétrica. Por outro lado, os mais ricos sofreram com o aumento no preço dos combustíveis.

A análise leva em conta que 23% das famílias com renda mais baixa têm seu orçamento comprometido com alimentos no domicílio, contra 10% das mais ricas. No caso da energia elétrica, o peso é também maior nas contas da população de menor poder aquisitivo (6%). Entre as mais ricas, a despesa com as contas de luz diminui para 2%.


Efeito da greve dos caminhoneiros nos preços deve se dissipar este mês

O efeito oposto da energia elétrica e alimentação ocorre com os combustíveis, que comprometem 8% do orçamento dos mais ricos, mas só 2% dos mais pobres.


"Em uma perspectiva de longo prazo, observa-se que nos últimos 11 anos (de julho de 2006 a outubro de 2017) a inflação dos mais pobres apresenta uma variação de 102%, bastante superior à observada na faixa de renda mais alta, de 86%", analisa o estudo.

Cebola e tomate são os grandes vilões da inflação brasileira em 2018:

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