Economia Ibovespa sobe ao maior nível de fechamento do ano com expectativa por corte de juros

Ibovespa sobe ao maior nível de fechamento do ano com expectativa por corte de juros

Índice atingiu quarta alta diária consecutiva, de 1,70%, a 114.610,10 pontos; patamar é o mais elevado desde 8 novembro de 2022

Reuters
Painel da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo

Painel da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo

Reuters / Amanda Perobelli - 03/04/2019

O Ibovespa registrou nesta terça-feira (6) seu maior nível de fechamento do ano e a quarta alta diária consecutiva, após o novo dado de inflação reiterar as apostas de queda dos juros no segundo semestre. Isso gerou reposicionamento de investidores para ações de setores ligados à economia interna. Eletrobras, Petrobras e Assaí foram as influências positivas, enquanto Prio e B3 ficaram do lado oposto.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,70%, a 114.610,10 pontos, o maior patamar de fechamento desde 8 novembro de 2022. O volume financeiro somou R$ 29,5 bilhões.

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O destaque do dia ficou por conta do índice de inflação IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna), que recuou 2,33% em maio, conforme divulgou a FGV (Fundação Getulio Vargas) pela manhã. A queda foi a mais forte desde abril de 1947.

"Isso corrobora a ideia de que os juros podem começar a cair no terceiro trimestre", disse Adriano Yamamoto, head comercial da corretora do C6 Bank.

A leitura do IGP-DI também criou expectativa para o dado de maio do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal índice de inflação do país, a ser divulgado na quarta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A próxima reunião de política monetária do BC (Banco Central), ocasião em que é definida a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, ocorre neste mês, mas especialistas esperam um corte nos juros apenas a partir da reunião de agosto.

Para Yamamoto, agentes financeiros estão voltando a se posicionar em Bolsa, em especial nas ações que mais podem se beneficiar de um corte de juros, como as de varejistas, construtoras, empresas de educação e companhias de tecnologia.

"Eu ainda acredito que, dadas as incertezas e o receio do mercado, o posicionamento geral é pouco em Bolsa, e menos ainda em setores domésticos e de beta mais alto", disse Yamamoto.

A forte alta da sessão, disse, "é uma confirmação de que muitos fundos multimercados estão pouco alocados em Bolsa e bastante fundos de ações estão muito alocados em caixa".

Em Wall Street, os principais índices de ações levemente fecharam no azul, ajudados por ações de setores mais sensíveis à situação econômica, também à espera de dado de inflação e de decisão de política monetária na semana que vem.

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