Indiana Sterlite conclui captação de R$52 mi com debêntures para projeto no Brasil
Economia|Do R7
SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica indiana Sterlite Power concluiu captação de 52 milhões de reais no Brasil para financiar um projeto de transmissão de energia no país, na primeira emissão de debêntures de infraestrutura realizada pela companhia no mercado local.
A transação, em série única e com vencimento em 23 anos, acontece em momento em que diversas empresas têm levantado recursos no mercado privado de dívida para viabilizar investimentos em projetos de geração e transmissão de energia no Brasil.
Segundo a Sterlite, os recursos obtidos com a emissão, coordenada pelo Banco Votorantim, visam completar o financiamento de longo prazo do projeto Arcoverde, que também recebeu empréstimo do Banco do Nordeste (BNB).
"Esse é um marco relevante para a Sterlite, pois é sua primeira emissão de debêntures de infraestrutura no mercado de capitais brasileiro... dessa forma, o projeto garantirá um financiamento com custo e prazo otimizados", afirmou a empresa em nota.
A taxa de remuneração das debêntures do Projeto Arcoverde ficou em 5,0196%, segundo a Sterlite.
Questionada se pode lançar mão de novas debêntures para financiar seus projetos, a Sterlite afirmou que sim.
"Consideramos a diversidade de fontes de financiamento no Brasil com condições favoráveis (prazo e custo), seja por meio dos bancos de desenvolvimentos (BNDES, BNB, BASA) quanto pelo mercado (debêntures de infraestrutura)", disse a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa.
A Sterlite arrematou a concessão para construção e futura operação do projeto Arcoverde em leilão promovido pelo governo brasileiro em 2017, ano em que a indiana estreou em licitações no país.
O empreendimento, que envolveu quase 130 quilômetros em linhas de transmissão e a construção e ampliação de subestações em Pernambuco, foi entregue pela empresa em maio deste ano, 28 meses antes do prazo estabelecido no leilão.
A Sterlite já conta com um portfólio de dez projetos no Brasil, que deverão demandar um total de mais de 7,7 bilhões de reais em investimentos nos próximos anos.
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(Por Luciano Costa)