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Insegurança alimentar aguda atinge 345 milhões de pessoas no mundo

Antes da pandemia de Covid-19, o número estava em 135 milhões, de acordo com o PMA (Programa Mundial de Alimentos)

Economia|Do R7

Guerra na Europa e mudanças climáticas tendem a piorar situação
Guerra na Europa e mudanças climáticas tendem a piorar situação

O número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda em todo o mundo mais do que dobrou para 345 milhões desde 2019 devido à pandemia de Covid-19, conflitos e mudanças climáticas, informou o PMA (Programa Mundial de Alimentos) nesta quarta-feira (24).

Antes da crise do coronavírus, 135 milhões de pessoas sofriam de fome aguda em todo o mundo, disse Corinne Fleischer, diretora regional do PMA, à Reuters. Os números subiram desde então e devem subir ainda mais por causa das mudanças climáticas e dos conflitos.

O impacto dos desafios ambientais é outro fator desestabilizador que pode levar à escassez de alimentos, conflitos e migração em massa.

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"O mundo simplesmente não pode permitir isso", disse Fleischer.


"Vemos agora 10 vezes mais deslocamentos em todo o mundo por causa das mudanças climáticas e dos conflitos e, claro, eles estão interligados. Então, estamos realmente preocupados com o efeito agravante da Covid-19, das mudanças climáticas e da guerra na Ucrânia".

No Oriente Médio e no norte da África, o impacto da crise na Ucrânia teve repercussões gigantescas, disse Fleischer, destacando tanto a dependência de importação da região quanto sua proximidade com o Mar Negro.


O PMA apoia 13 milhões dos 16 milhões de pessoas que precisam de assistência alimentar, mas essa assistência cobre apenas metade das necessidades diárias de uma pessoa devido à falta de fundos.

Os custos aumentaram em média 45% desde que a Covid-19 e os doadores ocidentais enfrentam enormes desafios econômicos com a guerra na Ucrânia.

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