A inflação oficial do país desacelerou, após dois meses consecutivo de alta, mas não deu alívio ao bolso dos consumidores. O índice variou 0,21% em junho, com alta de 4,23% nos últimos 12 meses, encostando no teto da meta estabelecida pelo governo — 4,5%. Entre os maiores responsáveis pelo aumento dos preços nos seis primeiros meses do ano, estão itens como o café, leite, legumes, etanol e tarifa de metrô.A manga, a batata inglesa e a cenoura lideraram o ranking, com altas de 69,05%, 55,79% e 48,92%, respectivamente. Os grupos frutas e tubérculos, raízes e legumes, dos quais os itens fazem parte, registraram um aumento de 8,34% e 36,5%, respectivamente.Outros responsáveis pela aceleração da inflação nestas duas categorias foram a cebola (33,86%), o melão (26,66%), o morango (21,8%) e a abobrinha (20,03%).No ano, o IPCA acumula alta de 2,48%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,23%, acima dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O teto da meta estabelecida pelo governo é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.O grupo leites e derivados teve alta de 9,57% no acumulado do primeiro semestre de 2024, com destaque para o aumento do leite longa vida (22,84%), do leite condensado (7,68%) e leite em pó (3,74%).O cafezinho, outro item presente no dia a dia dos brasileiros, também ficou mais caro. O café moído teve alta de 12,15%, enquanto o café solúvel variou 8,16%. O grupo bebidas e infusões, do qual eles fazem parte, cresceu 6,09% no período.Apesar de o grupo transporte público ter registrado queda de 10,95% no acumulado dos seis primeiros meses do ano, a tarifa de metrô pesou no bolso dos brasileiros, com alta de 10,76%. Outros itens do segmento que também encareceram foram transporte escolar (6,93%), ônibus intermunicipal (6,17%), tarifa de trem (4,95%) e táxi (2,9%).O preço dos combustíveis para veículos também ficou mais caro em 2024. O grupo teve aumento de 5,55% no primeiro semestre, com destaque para as altas do etanol (9,13%), gasolina (5,51%) e gás veicular (2,5%). O único item que apresentou retração no período foi o óleo diesel (-1,4%).Veja abaixo a lista dos 20 itens que mais encareceram no primeiro semestre deste ano:Quanto aos índices regionais, quase todas as capitais, com exceção de Salvador (-0,04%), Recife (-0,09%) e Porto Alegre (-0,14%), tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Goiânia (0,50%), influenciada pelas altas do etanol (5,19%) e da gasolina (2,86%).Moradores de Belo Horizonte, Rio Branco, Brasília, São Paulo, Fortaleza e Curitiba também sentiram impacto mais forte dos preços em junho, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de maio a 29 de maio de 2024.