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Mais da metade dos imóveis anunciados tem preço supervalorizado, mostra pesquisa

Segundo estudo, a precificação correta beneficia proprietários, ao assegurar mais visitas e menos mudanças de valor ao longo do tempo

Economia|Do R7

Imóveis valorizam mais que a inflação CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 06.05.2024

Mais da metade dos imóveis (54%) é anunciada para venda acima do valor. No caso dos aluguéis, 37% têm anunciou o preço supervalorizado. O resultado é que somente 2 em cada 10 imóveis em aluguel e menos de 3 em cada 10 imóveis à venda têm contratos fechados com o valor acima do recomendado pelas ferramentas de precificação.

Os dados são de pesquisa feita pelo QuintoAndar, mostrando que o preço inadequado acaba impactando todo o processo. Segundo a empresa, o número de visualizações do anúncio e o de visitas agendadas caem ao longo do tempo, o que leva às alterações de preço para ajustar ao valor correto ficarem mais constantes.

Os dados mostram ainda que imóveis para aluguel com o preço inicial acima da referência têm descontos cinco vezes maiores do que os que começam e são negociados dentro do intervalo recomendado no momento da publicação.

“A precificação do imóvel, seja para aluguel, seja para venda, é um dos maiores desafios para os proprietários. Fazer pesquisas na região e consultar diversas fontes é um processo trabalhoso que costuma levar muito tempo e, mesmo assim, não garante um preço assertivo”, explica Pedro Capetti, especialista em dados do Grupo QuintoAndar.


“Em geral, o comportamento mais observado é o de sobreprecificar o imóvel, na tentativa de obter algum tipo de vantagem ao final da negociação. Porém, em muitos casos, essa estratégia acaba afastando potenciais inquilinos e pode levar o proprietário a ter ganhos menores no final das contas, uma vez que o imóvel mais tempo parado acumula custos de IPTU e condomínio”, afirma.

Outros destaques


  • uma em cada cinco locações acontece em menos de uma semana
  • uma a cada três compras é realizada em até três meses
  • as primeiras semanas são decisivas até mesmo na fase de atração de potenciais interessados
  • No segmento de aluguel, a média de 9,8 visitas agendadas na 1ª semana cai para menos da metade (4,2) quando são completadas quatro semanas da publicação
  • Para compra e venda, o cenário é similar nos primeiros meses: a média de 4,7 visitas no 1º mês vai à metade em pouco mais de quatro meses de anúncio

“Os imóveis que são visitados mais rapidamente são transacionados em menos tempo. Ou seja, um preço inicial adequado pode atrair mais usuários, gerando mais visualizações no anúncio e um maior número de visitas agendadas”, afirma Capetti.

“Os números mostram também que os acessos diminuem vertiginosamente ao longo das semanas/dos meses. Por isso que a conhecida prática de colocar o valor no alto para ‘testar’ o mercado pode se configurar uma péssima estratégia.”

Fonte: QuintoAndar

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