A inflação oficial do país caiu 0,02% em agosto, mas não deu alívio ao bolso dos consumidores. O índice teve alta de 2,85% no ano e de 4,24 nos últimos 12 meses, chegando próximo ao teto da meta estabelecida pelo governo — 4,5%. Entre os maiores responsáveis pelo aumento dos preços no acumulado de 2024, estão itens como a mensalidade escolar, frutas, tarifa de metrô e o preço dos combustíveis.No topo do ranking de itens que mais encareceram no ano, estão a manga e a tangerina, com altas de 51,84%, e 33,62%, respectivamente. O grupo frutas, do qual os itens fazem parte, registrou um aumento de 9,72%.Outros responsáveis pela aceleração da inflação nestas duas categorias foram a laranja-pera (20,39%), abacate (19%), laranja-lima (16,18%) e banana da terra (14,43%).Veja abaixo os 20 itens que mais encareceram no acumulado do ano até agosto:No acumulado do ano até agosto, o preço da mensalidade escolar foi outro item que pesou no bolso dos consumidores. Para os alunos do ensino médio, a alta foi de 9,2%. No ensino fundamental, os preços aumentaram 8,86%. As mensalidades da pré-escola, por sua vez, tiveram alta de 8,52% no período.Quem tem filhos em creches também vai pagar mais. O item subiu 6,91%. Curso técnico (5,74%), ensino superior (4,95%), pós-graduação (3,32%) e educação de jovens e adultos (2,58%) também encareceram no ano. O grupo cursos regulares, do qual os itens fazem parte, teve alta de 6,94%.Apesar de o grupo transporte público ter registrado queda de 8,73% no acumulado dos oito primeiros meses do ano, a tarifa de metrô pesou no bolso dos brasileiros, com alta de 10,76%.Outros itens do segmento que também encareceram foram transporte escolar (6,85%), ônibus intermunicipal (5,92%), tarifa de trem (4,95%) e táxi (2,9%).O preço dos combustíveis para veículos também ficou mais caro em 2024. O grupo teve aumento de 9,71% no acumulado do ano, com destaque para as altas do etanol (15,36%), gasolina (9,56%) e gás veicular (6,5%).O único item que apresentou retração no período foi o óleo diesel (-0,02%).Por outro lado, alguns itens apresentaram quedas significativas no ano, como é o caso das passagens aéreas, que caíram 34,48% e lideraram a lista das maiores quedas.Em janeiro, este foi o subitem com maior impacto individual no índice (-15,24%). No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023. Além disso, itens como o tomate (-26,51%), cenoura (-10,88%), feijão preto (-8,57%) e transporte por aplicativo (-7,6%) ficaram mais baratos no mês passado.Em agosto, a maior variação ocorreu em Porto Alegre (0,18%), influenciada pela alta da passagem aérea (21,59%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em São Luís (-0,54%), por conta dos recuos da energia elétrica residencial (-4,52%) e do tomate (-23,78%).Moradores de Brasília, Vitória, Belo Horizonte, São Paulo, Campo Grande e Salvador também sentiram impacto mais forte dos preços em agosto, já que tiveram reajustes acima da média brasileira. Em Fortaleza, a variação foi de 0%.