O ministério de Minas e Energia determinou a redução da saída de água nas usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, no Rio Paraná (entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul) e a retenção nas usinas de cabeceira. A decisão do CMSE (Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico) se deu por causa dos níveis de chuva abaixo do esperado nos últimos meses. De acordo com o ministério, a medida pode preservar cerca de 11% de armazenamento na Bacia do Paraná até agosto e por volta de 7% no Sudeste e Centro-Oeste. O CMSE decidiu que as usinas hiderlétricas Jupiá e Porto Primavera devem reduzir as defluências mínimas para 3.300 metros cúbicos com por segundo e 3.900 metros cúbicos com por segundo, respectivamente. Em fevereiro, foram verificados armazenamentos equivalentes de cerca de 65% (Sudeste/Centro-Oeste), 68% (Sul), 66% (Nordeste) e 77% (Norte). Em todo o SIN (Sistema Interligado Nacional), o armazenamento foi de aproximadamente 66% no final de fevereiro. A marca é 14,1 % menor que a registrada no mesmo período de 2023. Em fevereiro, o trecho entre as usinas hidrelétricas Três Marias e Sobradinho, na bacia do rio São Francisco, e a bacia do rio Jacuí apresentaram precipitação superior à média histórica. As bacias dos rios Tocantins e Madeira apresentaram precipitação próxima à média, sendo que nas demais bacias hidrográficas de interesse do SIN a precipitação foi inferior à média histórica. Ainda em fevereiro, em relação à Energia Natural Afluente, foram verificados valores abaixo da média histórica em todos os subsistemas; 61% da MLT (Média de Longo Termo — média de energia natural elétrica calculada com base na quantidade de chuvas que alimenta a vazão dos rios), abastecendo as usinas no Sudeste/Centro-Oeste, 68% da MLT no Nordeste, 73% da MLT no Norte e 86% da MLT no Sul. Em março, de acordo com o cenário inferior, a indicação é de uma ENA (Energia Natural Afluente — quantidade de água no reservatório de uma hidrelétrica apta a ser transformada em energia) abaixo da média histórica para todos os subsistemas. Para o Sudeste/Centro-Oeste a previsão é de 49%, Nordeste 60%, Norte 61% e Sul 64% da MLT. No que diz respeito ao SIN, o estudo aponta condições de afluência de 54% da MLT, sendo o menor valor para março em 94 anos. Se considerarmos o cenário superior, ainda no mesmo mês, a previsão indica valores de ENA abaixo da média histórica para todo o SIN. As condições previstas são de cerca de 61% da MLT para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 86% da MLT para o Sul, 75% da MLT para o Nordeste e 71% da MLT para o Norte. Para março, em relação ao Sistema Interligado Nacional (SIN), este cenário de vazão indica condições de afluência prevista de 66% da MLT, sendo o 4º menor de um histórico de 94 anos.