Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Países limitam produção e preço do petróleo pode superar R$ 500/barril

Cortes anunciados pela por membros da Opep+ também têm condições de apertar o mercado e as margens das refinarias

Economia|Do R7

Preços do barril de petróleo saltaram mais de R$ 25 nesta segunda-feira (3)
Preços do barril de petróleo saltaram mais de R$ 25 nesta segunda-feira (3)

Os surpreendentes cortes adicionais de produção do grupo Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) podem empurrar os preços do petróleo para R$ 500 (US$ 100) o barril, apertar o mercado e as margens das refinarias, avaliam analistas e operadores.

Os preços do petróleo saltaram mais de R$ 25 (US$ 5) o barril nesta segunda-feira (3), depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, anunciaram novos cortes na produção de cerca de 1,16 milhão de bpd (barris por dia) de maio até o resto do ano.

As promessas elevarão o volume total de cortes do grupo conhecido como Opep+ desde novembro para 3,66 milhões de bpd, segundo cálculos, o equivalente a 3,7% da demanda global. Esperava-se que a Opep+ mantivesse a produção estável este ano, já tendo cortado 2 milhões de bpd em novembro de 2022.

A Rystad Energy disse acreditar que os cortes aumentarão o aperto no mercado de petróleo e elevarão os preços acima de R$ 500 (US$ 100) o barril pelo resto do ano, possivelmente levando o Brent tão alto quanto R$ 550 (US$ 110).


O UBS também espera que o Brent — referência no mercado internacional de petróleo — chegue a R$ 500 (US$ 100) até junho, enquanto o Goldman Sachs elevou sua previsão de dezembro em R$ 25 (US$ 5), para R$ 475 (US$ 95).

O Goldman disse que as liberações de reservas estratégicas de petróleo (SPR) nos Estados Unidos e na França, devido a greves em andamento, bem como a recusa de Washington em reabastecer seu SPR no ano fiscal de 2023, podem ter motivado a ação da Opep+.


Leia também

Um funcionário de uma refinaria sul-coreana disse que o corte era uma "má notícia" para os compradores de petróleo e que a Opep estava tentando "proteger seus lucros" contra as preocupações de uma desaceleração econômica global.

O corte na oferta aumentaria os preços da mesma forma que as economias enfraquecidas deprimem a demanda e os preços dos combustíveis, espremendo os lucros das refinarias, disseram o funcionário do refino sul-coreano e um operador chinês.

Ambos se recusaram a ser identificados, pois não estavam autorizados a falar com a mídia. A Arábia Saudita disse que seu corte voluntário na produção foi uma medida de precaução destinada a apoiar a estabilidade do mercado.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.