Ninguém está livre imprevistos, ainda mais em momentos de crise como a gerada pela pandemia do novo coronavírus, e se endividar. Mas você sabia que é possível renegociar dívidas ou trocar empréstimos por uma opção com taxas mais vantajosas? O consignado é a linha de crédito mais indicada por especialistas para esta substituição, justamente por oferecer a menor taxa e o maior prazo para pagar.Leia mais: Empréstimo em financeira custa quase o dobro do que nos bancos Levantamento feito pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) apontou que a linha oferece uma taxa média de 1,4% ao mês e de 18,9% ao ano. Enquanto isso, o juro médio do empréstimo pessoal é de 6,18% ao mês e de 44,92% ao ano, ou seja, uma diferença de 341% na taxa mensal, e de 138% na taxa anual. Miguel José de Oliveira, diretor executivo da Anefac, diz que o crédito consignado tem a menor taxa do país por apresentar poucos riscos na operação já que o valor é descontado automaticamente do salário da pessoa.Leia mais: Custo de vida mais caro exige que idoso reavalie gastos. Veja dicas Além disso, dá o prazo de até 60 meses para pagar. Entretanto, Oliveira aponta um problema dessa linha de crédito. Por ser uma dívida de longo prazo, Oliveira diz que é preciso reprogramar o orçamento mensal e avaliar se o valor não fará falta por um longo período.Leia mais: É hora de negociar aluguel, conta de telefone, TV a cabo e outros gastos? O educador financeiro Ivan Sanches também vê vantagens no crédito consignado e concorda com Oliveira sobre os cuidados para não comprometer a renda. A pedido do R7 Economize, a planejadora financeira Rejane Tamoto elaborou algumas dicas para você adequar o orçamento e não cair no endividamento.1) Monte um fluxo de caixa, ou seja, anote em planilha ou mesmo no papel todos os recebimentos, já descontado de impostos, e todas as despesas;2) Ao anotar as despesas, procure categorizá-las dentro de cada um dos grupos: • Alimentação; • Comunicação; • Despesas pessoais. • Educação; • Lazer; • Moradia; • Saúde; e • Transporte.3) Faça uma análise e escolha quais dessas despesas poderá renegociar ou trocar por outra de menor valor. É o caso de planos de internet, telefone e TV, que podem ser trocados por meio de portabilidade. Avalie a possibilidade de reduzir contas de energia ao aderir à tarifa branca.Leia também: Veja 8 dicas para levantar renda ou ganhar um dinheiro extra na crise Investigue se há desperdícios nas despesas de alimentação e elimine-as. Renegocie aluguel e dívidas. Nesse ponto, Sanches acrescenta como opção para o caso de Tv a cabo, mudar para um plano mais básico ou até cancelar e assinar o serviço de streaming. Há opções a partir de R$ 9,99, segundo ele;4) Se paga prestações de financiamento imobiliário, avalie a possibilidade de pausar os pagamentos, o que pode garantir um fôlego no primeiro momento. Mas atenção: antes verifique as condições do banco para saber quanto pagará em juros por essa pausa. Se essa opção não compensar, avalie o uso do FGTS para amortizar a dívida e diminuir a parcela ou mesmo a portabilidade de crédito imobiliário para outro banco.5) É também o momento de olhar para o que você não usa e vender, convertendo objetos esquecidos em dinheiro. Faça uma previsão das receitas e dos gastos futuros e assim terá um orçamento.Leia mais: Você sabia que pode autossabotar seu orçamento? Como identificar?6) Depois disso, é provável que o valor que você pensou em pedir emprestado diminua. Ao utilizar linhas de crédito, comprometerá o seu orçamento futuro. Então faça uma simulação das parcelas na planilha e avalie se há o risco de não conseguir pagar as parcelas no futuro, caso sua renda não volte a subir.