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Saída de dólares do País supera entrada e saldo fica negativo

No comércio exterior, as importações também foram maiores do que as exportações

Economia|Do R7

O fluxo cambial está negativo em em R$ 2,24 bilhões (US$ 1,022 bilhão) em setembro até o dia 20, informou à imprensa o chefe do Departamento Econômico do BC (Banco Central), Tulio Maciel, ao comentar a divulgação do relatório do setor externo na tarde desta terça-feira (24).

As operações financeiras responderam por um saldo líquido positivo de R$ 2,86 bilhão (US$ 1,301 bilhão) no período, diferença entre entradas de US$ 31,363 bilhões e saídas de US$ 30,062 bilhões. No comércio exterior, o saldo está negativo em R$ 10,02 bilhões (US$ 4,561 bilhões), com importações de US$ 13,558 bilhões e exportações de US$ 8,997 bilhões.

Nas exportações estão incluídos R$ 4,07 bilhões (US$ 1,850 bilhão) em ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio), R$ 4,38 bilhões (US$ 1,998 bilhão) em Pagamento Antecipado (PA) e R$ 11,32 bilhões (US$ 5,149 bilhões) de "demais" operações.

Posição dos bancos


Os bancos registram em setembro, até o dia 20, com uma posição vendida em R$ 16,39 bilhões (US$ 7,494 bilhões). O saldo é quase o dobro da cifra no fechamento de agosto, de R$ 9,22 bilhões (US$ 4,19 bilhões). A posição vendida no mercado de câmbio foi vista nos quatro primeiros meses de 2013, mas acabou revertida de maio a julho. As informações são do chefe do Departamento Econômico do BC.

No jargão financeiro, estar "comprado" significa expectativa de que a cotação do dólar possa subir. Isso porque, ao ter a moeda em caixa, é possível lucrar com uma eventual alta das cotações. Na mão contrária, estar "vendido" representa previsão de queda da moeda.


Leilões de linha

Neste mês até o dia 24, o BC emprestou R$ 3,43 bilhões (US$ 1,56 bilhão) por meio de leilões de venda da moeda estrangeira com recompra, os chamados leilões de linha. A cifra sobre o saldo líquido também foi divulgada por Maciel.


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As operações fazem parte da estratégia de atuação diária do BC, prevista até o fim do ano, no valor de R$ 6,59 bilhões (US$ 3 bilhões) por semana (US$ 2 bilhões são divididos em quatro leilões de swap cambial realizados de segunda a quinta-feira no montante diário de US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão no leilão de linha).

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