Setor agropecuário teve crescimento de 4,2% em 2020
Freepik/aleksandarlittlewolfMato Grosso do Sul foi o estado que teve o melhor desempenho econômico durante a pandemia da Covid-19, com variação de 0,2% no PIB (Produto Interno Bruto) em 2020. Naquele ano, a economia brasileira encolheu 3,3% na comparação com 2019, e a soma dos bens e serviços finais produzidos no país chegou a R$ 7,609 trilhões, a menor da série histórica, iniciada em 1996.
Roraima teve o segundo melhor resultado de 2020, com variação de 0,1% no PIB, e Mato Grosso se manteve em estabilidade, ficando com a terceira maior variação em volume, e também assumindo a terceira posição do PIB per capita. Em 24 das 27 unidades da federação foi registrada queda do PIB.
As informações são das Contas Regionais 2020, elaboradas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). No início do mês, o IBGE revisou o resultado do PIB de 2020 de -3,9% para -3,3%.
A alta no preço das commodities contribuiu com a economia de estados com atividade agropecuária, que apresentou crescimento de 4,2% no ano. Com a política de isolamento social, o setor de serviços teve queda de -3,7%, e a indústria, de -3,0%.
O Rio Grande do Sul teve a maior queda em volume (-7,2%), devido à estiagem e ao segmento de preparação de couros. Ainda entre as maiores quedas estão: Ceará (-5,7%), Rio Grande do Norte (-5,0%) e Espírito Santo (-4,4%), Rondônia (-4,4%) e Bahia (-4,4%). Os demais recuos foram em Alagoas (-4,2%), Acre (-4,2%), Pernambuco (-4.1%), Paraíba (-4,0%), Piauí (-3,5%) e São Paulo (-3,5%).
Em 2019, o PIB havia apresentado alta de 1,2% na comparação com o ano anterior, com crescimento de 0,4% da atividade Agropecuária e de 1,5% nos Serviços. A Indústria já apresentava queda, de 0,7%.
Naquele ano, houve crescimento em 22 das 27 unidades da federação, com destaque para Tocantins, que teve alta de 5,2%, seguido por Mato Grosso (4,1%), Roraima (3,8%), Santa Catarina (3,8%) e Sergipe (3,6%). Os piores resultados foram do Espírito Santo (-3,8%), Pará (-2,3%), Piauí (-0,6%) e Mato Grosso do Sul (-0,5%). Em Minas Gerais, o PIB ficou estável.
Em 2021, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 4,6% frente ao ano anterior, totalizando R$ 8,7 trilhões, avanço que recupera as perdas de 2020.