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Vale obtém licença de operação para ampliar cava em Carajás

Economia|Do R7

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora Vale obteve importante licença de operação para a ampliação da produção de minério de ferro em Carajás, no Pará, uma autorização muito aguardada pelo mercado e necessária para o cumprimento de metas de produção para os próximos anos, segundo informou a empresa nesta quinta-feira.

A licença, concedida para a ampliação da cava N4WS, de Carajás, foi expedida na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O início do desenvolvimento da mina depende agora apenas da obtenção da autorização de supressão vegetal, a ser dada pelo órgão ambiental, esperada para os próximos dias, segundo relatório do BTG Pactual.

A autorização para explorar a cava faz parte do projeto da Vale para a expansão da produção de Carajás, que já é a principal área da Vale, maior produtora global de minério de ferro.


De acordo com analistas, a licença indica que a empresa deve ser capaz de cumprir metas de produção, acrescentando também minério de alta qualidade ao seu portfólio.

"Isso aumenta nossa confiança no potencial de crescimento da Vale em 2015, que nós prevemos ser de 8 por cento frente este ano, com total de 340 milhões de toneladas embarcadas", afirmaram analistas do BTG, em relatório.


Procurada, a Vale não detalhou o volume de minério de ferro que poderá ser acrescentado à produção com a expansão da cava N4WS.

O Itaú BBA destacou ainda que a nova exploração poderá contribuir com a redução de custos da Vale, tão buscada pela companhia em um período de queda do preço do minério, que está numa mínima de cinco anos na Ásia.


Apesar da licença, a ação preferencial da Vale fechou em baixa de 1,93 por cento, a 20,35 reais, uma nova mínima de mais de cinco anos, enquanto o Ibovespa recuou 1,98 por cento.

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MARCO IMPORTANTE

"A concessão da licença de exploração é um marco importante para a Vale, pois traz a empresa significativamente mais perto de reduzir seus custos de produção de minério de ferro em Carajás", disse relatório do Itaú BBA.

"As reservas desbloqueadas são de alta qualidade e localizadas mais próximas da empresa", destacou.

A Vale já tinha uma licença prévia do Ibama para o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Global.

O licenciamento prévio do EIA Global, anunciado em agosto, inclui a ampliação das cavas de N4WS, N5S, Morro I e Morro II. As quatro juntas contêm 1,8 bilhão de toneladas de reservas, de acordo com comunicado enviado pela mineradora na época.

No comunicado desta quinta-feira, a Vale disse ainda que continua trabalhando com o Ibama e com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no processo de licenciamento da cava N5S no Sistema Norte em Carajás.

O fato da Vale ainda não ter a licença para a cava N5S não representa riscos para a meta de produção da mineradora entre 2015 e 2016, segundo o relatório do BTG Pactual.

"A empresa mostrou recentemente um histórico muito positivo na obtenção de licenças ambientais e de redução de riscos para o seu crescimento", disse o Itaú BBA. "Em 2013, a Vale obteve 200 licenças ambientais, em comparação com 10 em 2010."

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(Por Marta Nogueira)

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