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Alunos do ensino médio produzem canudos ecológicos

Estudantes de duas ETECs do interior de São Paulo transformaram materiais que normalmente são descartados em um produto biodegradável

Educação|Karla Dunder, do R7

Canudo ecológico e comestível
Canudo ecológico e comestível Canudo ecológico e comestível

Estudantes de química de duas ETECs (Escola Técnica de São Paulo), em sintonia com os debates sobre preservação do meio ambiente, produziram em laboratório canudos biodegradáveis. A proposta desses alunos do ensino médio é substituir os canudos de plástico ainda utilizados em lanchonetes e restaurantes.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, sancionou na última terça-feira (25) projeto de lei que prevê a proibição de fornecimento de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais da cidade. A multa pode chegar a R$ 8 mil para quem descumprir a lei.

“Mas não é só colocar uma lei, é preciso que a pesquisa atenda a todas as pessoas, como aquelas que usam os canudos para fisioterapia, por exemplo”, explica a professora Gislaine Delbianco, orientadora da Etec Trajano Camargo, em Limeira.

As alunas Bianca Zampieri, Gabriela Henriques e Milena Ribeiro em conjunto com a professora Gislaine começaram a pesquisa no ano passado, após o projeto Ciência Cidadã, que discute educação ambiental. Com base em reportagens divulgadas na imprensa relacionando a morte de animais marinhos e o plástico, os estudantes foram convidados a propor soluções para o problema ambiente que é plástico.

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Gabriela Henriques, Milena Ribeiro e Bianca Zampieri em Mostra de Ciências
Gabriela Henriques, Milena Ribeiro e Bianca Zampieri em Mostra de Ciências Gabriela Henriques, Milena Ribeiro e Bianca Zampieri em Mostra de Ciências

“Surgiu, então, a ideia de produzir os canudos biodegradáveis e para isso começamos a pesquisar materiais para saber quais seriam as alternativas possíveis”, explica Gislaine. Fibras de casca de vegetais, amido e o soro da proteína do leite, produtos que são descartáveis, serviram para criar o novo canudo.

O segundo passo foi pensar na conservação adequada dos canudos biodegradáveis. “Percebemos que os canudos de metal, que estão sendo muito utilizados, se não forem higienizados adequadamente podem ser uma fonte de contaminação e percebemos que deveríamos analisar qual a melhor forma de armazenar os canudos biodegradáveis”, diz Gislaine.

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Além dessa pesquisa, as estudantes avaliam a possibilidade de usar os chamados de biopolímeros ou bioplástico para fabricar talheres, copos e plásticas descartáveis.

Solução Doce

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Alex Vidotto, Edelma Jacob, Ariane Guerra e Aline Molena no laboratório da Etec
Alex Vidotto, Edelma Jacob, Ariane Guerra e Aline Molena no laboratório da Etec Alex Vidotto, Edelma Jacob, Ariane Guerra e Aline Molena no laboratório da Etec

Na Etec Amim Jundi, localizada em Osvaldo Cruz, na Região de Presidente Prudente, o projeto é de Alex Vidotto, Aline Molena e Ariane Guerra, que terminam o curso técnico de Química neste primeiro semestre.

Orientados pela professora da disciplina de planejamento e desenvolvimento de trabalho de conclusão de curso (TCC) da Etec, Edelma Jacob, os estudantes produziram um polissacarídeo (substância semelhante ao açúcar) a partir de bagaços e cascas descartados da indústria alimentícia.

“Extraímos as fibras, transformamos em um pó, adicionamos polpa de fruta para dar sabor para que o canudo pudesse ser comestível”, conta Edelma.

O próximo passo será patentear a ideia e procurar parceiros para lançar os canudos ecológicos no mercado.

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