App contra o tédio? Estudantes criam soluções para a pandemia
Em competição entre alunos do Senai que promove empreendedorismo inovador, jovens apresentam soluções para problemas reais
Educação|Do R7
Os estudantes do Senai receberam um desafio: apresentar soluções inovadoras para a indústria em meio à pandemia do novo coronavírus. Os alunos se dividiram em equipes para participar do Grand Prix Senai que premiou soluções pouco convencionais como um aplicativo contra o tédio. Outro, não menos curioso, mas eficaz para evitar o contágio da doença, é um dispositivo para abrir as portas com os pés.
Criado em 2012, o Grand Prix tem como proposta incentivar o empreendedorismo e a inovação. "Nosso objetivo é estimular nossos alunos a manterem o foco nos estudos e continuarem ativos mesmo durante a pandemia", afirma Felipe Morgado, gerente de Educação Profissional do Senai
Nos anos anteriores, o GP foi presencial e a competição ocorria em um período de 24 à 48 horas. "Por culpa do coronavírus, tivemos que fazer tudo totalmente à distância. O tempo da competição se estendeu para uma semana", explica Morgado.
Lives foram conduzidas pela equipe de organização com as escuderias nas plataformas digitais. O Senai recebeu 858 projetos de 16 estados para problemas reais cadastrados por empresas.
Projetos
O grande vencedor foi um aplicativo criado para combater o tédio. Batizado de “Desaf-Hey”, a plataforma funciona com desafios entre os participantes.
“Em nossas pesquisas, detectamos que o tédio é responsável por problemas como baixo rendimento professional e academico, por isso, pensamos em algo para que as pessoas pudessem se divertir, se movimentar, passar o tempo e ainda interagir com os amigos”, explica Gabriel Pereira, um dos desenvolvedores do projeto
Uma das principais invenções do projeto foi o OpenDoor. Um dispositivo criado para abrir portas com o pé, evitando a contaminação pelas mãos.
“Como a principal forma de transmissão da doença é pelas mãos, e na indústria, existem muitas salas e ambientes pelos quais os funcionários precisam transitar, encontramos uma forma de eles fazerem de forma segura”, conta a estudante Akimy de Souza, uma das idealizadoras do projeto.
"O trabalho foi muito difícil porque o grupo não podia se encontrar. A comunicação foi muito prejudicada pela distância", avalia Akimy.