Educação Atualidades sem pânico: veja o que deve cair na prova do Enem

Atualidades sem pânico: veja o que deve cair na prova do Enem

Professores de geografia indicam tópicos que podem ser cobrados no exame; avaliação será aplicada nos dias 13 e 20 de novembro

  • Educação | Alex Gonçalves, do R7*

Resumindo a Notícia

  • Saiba quais assuntos podem ser cobrados em atualidades no Enem
  • Atualidades têm sido norteadoras de grandes temas, avaliam especialistas
  • Questões utilizadas na prova são extraídas do BNI do Inep, lembram professores
  • Provas serão aplicadas nos dias 13 e 20 de novembro
Professores sugerem assuntos de atualidades para ajudar estudantes no Enem

Professores sugerem assuntos de atualidades para ajudar estudantes no Enem

Reprodução/ Unsplash

Professores de geografia indicam temas que podem ser cobrados na edição 2022 do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). As provas serão aplicadas nos dias 13 e 20 de novembro em todo o país.

Saiba quais pontos importantes estudar no momento de revisão em atualidades para fazer a prova sem pânico.

Cláudio Hansen é gerente pedagógico e professor de geografia e atualidades da Descomplica. O educador explica que a prova do Enem, diferentemente de outros vestibulares, tem uma “velocidade” menor na hora de acompanhar os assuntos que estão em alta. Por isso, uma particularidade é que algumas grandes notícias ou acontecimentos continuam relevantes por mais tempo. "É comum vermos assuntos que estavam em alta dois, três anos antes de aparecerem na prova. O que não retira o valor das atualidades, que estão muito em alta, como contexto para a prova de redação", diz.

Para Hansen, outro ponto interessante é observar que o Enem usa as atualidades como norteadoras de grandes temas. "As tragédias de Mariana e Brumadinho, por exemplo, foram usadas como contexto para discutir o meio ambiente e os impactos das atividades humanas e não como uma forma de cobrar dados específicos sobre o ocorrido."

"Podemos trazer como exemplo de questão de atualidades em geopolítica o Estado Islâmico destruir estruturas de religiões que não as dele. A prova cobrou a questão dos valores dos símbolos para as populações, mais que dados específicos. Ao estudar um assunto, não vamos decorar dados, mas, entender em qual contexto o acontecimento se insere", comenta Hansen.

Segundo o professor, uma aposta para a prova deste ano se dá no campo geopolítico. "A guerra da Ucrânia é o grande cenário que precisamos analisar, trazendo outras duas referências importantes, a bipolaridade que vem se desenhando no mundo e o papel de organizações como a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)", destaca.

O professor de geografia Sebastian Alvarado Fuentes, do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante de Campinas (SP), lembra que a elaboração do exame nacional é algo complexo, o que dificulta apostar em temas para atualidades.

"As questões utilizadas na prova são extraídas do BNI (Banco Nacional de Itens) do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e todas elas foram, primeiramente, elaboradas, revisadas e avaliadas por especialistas", explica. "Além disso, foram testadas em diversos locais, de colégios mesmo, que temos no Brasil. Como resultado dessa complexidade para a validação das questões, é difícil cravar que teremos questões muito atuais no Enem", avalia. 

Segundo Fuentes, os estudantes não precisam se preocupar com qualquer eventual assunto ou tema que aconteceu no segundo semestre, porque não vai cair na prova. "O que ocorreu no primeiro semestre também é difícil de cair, mas, não é impossível de aparecer no Enem, só é mais difícil", esclarece.

O educador ainda sugere algumas possibilidades de tópicos que podem ser cobrados na prova: geopolítica entre os Estados Unidos e China; desastres ambientais; questão energética;  assuntos urbanos e biomas.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder

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