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Educação

Base Nacional Comum Curricular traz mudanças em 2020

Referência para a criação de currículo, materiais didáticos e avaliações, a norma terá aplicação efetiva no próximo ano

Educação|Cleide Oliveira, do R7

Norma estabelece dez competências e serve de referência para currículos
Norma estabelece dez competências e serve de referência para currículos

Documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais necessárias à evolução dos alunos ao longo das etapas e ciclos da Educação Básica, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) terá aplicação efetiva em sala de aula a partir de 2020.

É uma referência nacional que vai orientar a construção dos currículos, a revisão e a elaboração de propostas pedagógicas, a composição dos materiais didáticos e moldar políticas de formação de profissionais da educação e avaliações.

Seu objetivo central é promover a formação integral dos estudantes, ir além do desenvolvimento intelectual e da capacitação técnica. Por meio de dez competências estabelecidas na norma, a ideia é garantir que se formem cidadãos que falem uma mesma língua sob os aspectos de habilidade e conhecimento.

Mas afinal, por que as mudanças são relevantes?


Primeiramente, porque apontam para um avanço no desenvolvimento socioemocional de crianças e jovens. Adquirir e absorver saberes relacionados a ética, justiça social, sustentabilidade, meio ambiente e direitos humanos é fundamental para que os alunos ganhem autonomia de pensamento e atitude.

Novas competências

Veja a seguir o que diz a norma e como ela classifica as dez competências a serem absorvidas.


Conhecimento: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Pensamento científico, crítico e criativo: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.


Repertório cultural: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Comunicação: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

Cultura digital: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

Trabalho e projeto de vida: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Argumentação: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Autoconhecimento e autocuidado: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

Empatia e cooperação: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Responsabilidade e cidadania: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Algumas escolas já aplicam conceitos estabelecidos na BNCC
Algumas escolas já aplicam conceitos estabelecidos na BNCC

Vale lembrar que nem todas as propostas são inéditas tampouco inovadoras. Algumas, inclusive, já são realidade nas escolas e só precisam ser expandidas. Outras podem trazer a necessidade de adaptação cultural dentro das instituições.

Leia mais:O que a BNCC diz sobre a Educação Infantil

É preciso entender, ainda, que a ideia da BNCC não é que se criem aulas e currículos específicos, com foco exclusivo sobre as competências. Mas sim, que a aprendizagem seja articulada de forma a inserir os conceitos nas atividades regulares e incorporar ações pertinentes à rotina escolar. Um ganho tanto para alunos como para os professores.

Fonte: Base Nacional Comum Curricular

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