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Contra a violência, projeto investe em empatia e cooperação

Escola pública de São Paulo é escolhida para o lançamento do Nós Dizemos Sim ao Caráter, ação que trabalha valores e estimula boas ações entre alunos

Educação|Karla Dunder, do R7

Crianças e adolescentes aprendem em sala de aula habilidades emocionais
Crianças e adolescentes aprendem em sala de aula habilidades emocionais Crianças e adolescentes aprendem em sala de aula habilidades emocionais

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Antônio Duarte de Almeida, no Parque Guarani, na zona leste, periferia de São Paulo, foi escolhida para ser o balão de ensaio do projeto Nós Dizemos Sim ao Caráter, que tem como objetivo combater a violência nas escolas. A partir deste sábado (11), alunos, professores e toda a comunidade estão convidados a resgatar valores e mudar sua relação com a escola.

Leia mais: Espetáculo une alunos e professores em escola pública de São Paulo

O massacre ocorrido na escola Raul Brasil, em Suzano, acendeu o alerta sobre a situação de violência nas escolas e também sobre a saúde emocional de jovens e adolescente no Brasil. Pesquisa realizada pela Unifesp aponta que entre 2006 e 2015 houve um aumento de 24% do número de suicídios. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é responsável por 800 mil mortes anualmente. Na faixa etária de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte.

“Precisamos entender esses jovens, ouvi-los para saber porque chegaram nesse ponto”, avalia Nabil Onaissi, do Instituto Lótus, um dos parceiros do projeto. O primeiro passo é ouvir o que eles têm a dizer, saber o que sentem. O segundo passo é a educação socioemocional.

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O projeto Nós Dizemos Sim ao Caráter tem como objetivo promover as boas práticas entre as pessoas ao estimular as atitudes positivas para consigo, com os colegas e com a comunidade. A partir de valores e virtudes — entre os temas trabalhados estão empatia, gratidão, honestidade e cooperação — serão trabalhados pelos professores com alunos e toda a comunidade ao longo do ano. Uma série de ações serão desenvolvidas ao longo do ano priorizando a colaboração e o convívio harmônico.

“A escola será um balão de ensaio e todas as medidas serão avaliadas para depois transformarmos em políticas públicas”, diz Onaissi. E a escolha do colégio Professor Antônio Duarte de Almeida não foi aleatória.

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Localizado em uma área de alta vulnerabilidade social, a violência faz parte do cotidiano das crianças e adolescentes. “A escola acolhe filhos de refugiados e diferentes línguas são faladas pelos corredores, além disso, a grade curricular é feita em módulos, por exemplo”.

O programa é viabilizado pela parceria entre o Instituto Lotus e a Fundação Telefônica- Vivo, utiliza materiais paradidáticos da Nuvem9 Brasil, versão brasileira do Cloud9 World, organização internacional de promoção da educação socioemocional, com sede nos Estados Unidos, que já alcançou mais de um milhão de alunos em diversos países.

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