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Escritora utiliza histórias infantis para trabalhar inclusão de pessoas com deficiência

Em mais recente publicação, autora aborda o tema de crianças com nanismo

Educação|Do R7 Bolsas de Estudo

Livro de estreia de Celina na literatura infantil foi “Bruna, uma amiga Down mais que especial”
Livro de estreia de Celina na literatura infantil foi “Bruna, uma amiga Down mais que especial” Livro de estreia de Celina na literatura infantil foi “Bruna, uma amiga Down mais que especial”

Em uma tradução livre, a inclusão social diz respeito a “enxergar o mundo em todas as perspectivas, permitindo a liberdade e boas condições de convivência para todos”. Na realidade, no entanto, isto está longe de acontecer porque boa parte dos espaços nem sempre é acessível a todos os públicos, como para as pessoas com deficiência, que no Brasil representa cerca de 25% da população. Mesmo com um número elevado de deficientes físicos no país, falta representatividade para essas pessoas em diversos meios sociais e culturais, entre eles, a literatura.

Essa realidade sempre incomodou a professora e escritora carioca Celina Bezerra. “Ainda na infância, quando encontrava uma criança com deficiência, muitas vezes ouvia de adultos, ‘não fica olhando’ ou ‘para de olhar, que a criança vai ficar encabulada...’ e, na realidade, eu só queria ir lá e brincar, conversar, interagir. Eu não me importava se ela era cadeirante ou se era uma criança com Síndrome de Down. Só queria estar com ela. Isto era uma grande interrogação para mim e eu trouxe essa indagação para a vida adulta”.

Após cursar a faculdade de Letras e se especializar em Educação Inclusiva e em Educação da Infância com Ludicidade, a escritora usou a indagação da infância para ilustrar histórias infantis com personagens diversos que giram em torno da inclusão. “Decidi, então, escrever para a parcela da população infantil que tinha pouca ou nenhuma representatividade na literatura infantil: as crianças com deficiência ou características especiais”, justifica a educadora que mora na Bahia há duas décadas.

Formada em Letras e pós-graduada em Educação Inclusiva e em Educação da infância com Ludicidade, Celina tem se destacado na cena literária pela escrita necessária dedicada às temáticas da diversidade e inclusão. O mais novo livro é “O pequeno grande Tião, o menino com nanismo”, que acaba de chegar ao mercado com o selo da série Amigos Especiais da Editora InVerso e ilustrações assinadas por Kitty Yoshioka. Tião não sabia o que era Bullying até que precisou se mudar com a família para uma outra cidade, onde foi recepcionado por olhares curiosos, gargalhadas e até piadas. “Por ter sido criado em uma comunidade que o aceitava, Tião conseguiu enfrentar a situação. Se não fosse seguro de si, poderia se fechar para o mundo como acontece com muita gente”, avalia a autora.

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O livro de estreia de Celina na literatura infantil foi “Bruna, uma amiga Down mais que especial”, lançado em 2017. Dois anos depois, “Sabrina, a menina albina” ganhava os holofotes. Em 2021, Charles, a estrela autista chegava ao mercado. “Tenho 12 temáticas listadas para escrever. Ainda pretendo lançar livros com personagens que representem crianças com deficiência auditiva, visual, paralisia cerebral”, lista a autora cujas obras literárias podem ser adquiridas nas livrarias, no site da editora (www.editorainverso.com.br) ou nas suas redes sociais @celina_bezerra.

Para a autora, a dedicação em escrever histórias em que deficientes físicos e intelectuais são protagonistas é mais uma de forma de diminui o foco da limitação e evidenciar suas potencialidades. “Gosto de, através das minhas histórias, quebrar paradigmas e contribuir para que as pessoas olhem, não para as deficiências, mas sim para as potencialidades do outro”, conclui Celina.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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