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Educação

Estudo aponta que professores têm sobrecarga de alunos no ensino fundamental

20% dos docentes das redes estaduais trabalham com mais de 400 alunos durante o ano letivo

Educação|Do R7

Os professores lidam com mais de 400 alunos durante um ano letivo
Os professores lidam com mais de 400 alunos durante um ano letivo

Um estudo mostrou que os professores do ensino fundamental possuem sobrecarga de alunos no Brasil.

O levantamento sobre o volume de trabalho dos docentes nos anos finais do ensino fundamental, em redes estaduais e municipais brasileiras, foi realizado pela Fundação Carlos Chagas, em parceria com o Itaú Social e a Associação D3e (Dados para Um Debate Democrático na Educação).

Os dados, do censo escolar de 2020, mostraram que 20% dos professores das redes estaduais trabalham com mais de 400 alunos durante o ano letivo.

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Outro ponto importante levantado pelo estudo é que a média de alunos por professor varia de 11 a 525 estudantes, dependendo da rede, nos anos finais do ensino fundamental.


Apesar de não existir uma legislação que coloca um limite de alunos para cada docente, o Conselho Nacional de Educação recomenda que o número não ultrapasse 300 alunos. A realidade do Brasil, além de ultrapassar o limite recomendado, também supera a dos Estados Unidos e do Japão, onde a quantidade máxima é de 280 estudantes.

O relatório utilizou dez estudos de caso em redes estaduais e municipais de educação para concluir as altas médias brasileiras, mas não conseguiu compreender o fator principal para esse número excessivo.


Na verdade, a pesquisa encontrou um conjunto de fatores que contribuem para que os professores estejam sobrecarregados, como carga horária de trabalho, duração das aulas, tempo para atividades extraclasse e carga horária dos diferentes componentes curriculares.

Mesmo sem concluir a causa do número extremo de estudantes por docente, o estudo apresentou sete políticas públicas e medidas que podem garantir um número mais baixo de alunos, para que não haja sobrecarga. As ações são:

• adotar padrão de jornada de trabalho em período integral (parcial apenas como opção);

• limitar a carga horária de trabalho na rede a 40 horas semanais, com tempo reservado para atividades extraclasse;

• garantir o uso de pelo menos um terço da jornada para o trabalho extraclasse;

• pagar remuneração satisfatória, equivalente à média de outras ocupações que requerem o mesmo nível de formação;

• concentrar a atuação em apenas uma escola;

• repensar a organização das matrizes curriculares, considerando a carga atribuída a cada componente e suas consequências para o número de turmas por professor;

• garantir turmas nos anos finais do ensino fundamental com no máximo 30 alunos.

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