Estudo mostra que ensino do meio ambiente deve iniciar na pré-escola
Pesquisa realizada pela Pearson ouviu pessoas de cinco países para identificar as percepções sobre a educação ambiental na sociedade
Educação|Do R7
Uma pesquisa realizada pela Pearson, a Global Learner Survey 2021 — Parte 4, ouviu pessoas com idade entre 16 e 70 anos do Brasil, China, Estados Unidos, México e Reino Unido para identificar as percepções e expectativas sobre a educação e a sociedade em geral. O estudo está sendo realizado e publicado em vários capítulos temáticos ao longo do ano.
Um dado importante apontado é que mais da metade dos entrevistados em todo o mundo acredita que as crianças devem começar a aprender sobre as mudanças climáticas na escola primária ou antes. Brasil e México são os dois países que preferem começar essa educação já na fase pré-escolar, com 48% e 51%, respectivamente.
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Ainda de acordo com os dados, mais da metade dos entrevistados em todo o mundo (58%) não sente que os tópicos relacionados ao meio ambiente foram ensinados de forma adequada quando eles estavam na escola. O Brasil está na contramão desse índice, com 44%.
A maioria dos entrevistados (61%) em todo o mundo está ativamente tentando se educar sobre as questões climáticas. As três principais fontes de informação que os respondentes estão usando atualmente são: imprensa (58%), redes sociais (43%) e filmes (42%). Curiosamente, apesar do acesso às redes sociais ser alto, essa fonte de informação está entre as menos confiáveis para os participantes (51%). As mais confiáveis são experiência pessoal (77%), livros (76%) e filmes (72%).
A experiência pessoal parece ter um grande peso, de fato. Segundo 84% dos entrevistados em todo o mundo, depois que aprenderam mais sobre as mudanças climáticas, eles agiram na própria vida para reduzir seu impacto.
Em tempos de COP26 e de inúmeras ações de ativismo e debates sobre os efeitos do homem na natureza, os entrevistados ficaram divididos sobre a inevitabilidade do impacto das mudanças climáticas. Brasil e México são os mais otimistas: dois terços dos entrevistados nesses países (ambos com 64%) acreditam que os efeitos das mudanças climáticas ainda podem ser evitados. Os brasileiros (71%) também lideram o grupo de entrevistados que atualmente estão tentando se informar sobre as questões climáticas. A China tem a menor proporção (48%).
A Pearson conduziu o estudo em parceria com a Morning Consult, empresa global de inteligência de dados sediada nos Estados Unidos. Ao todo, foram ouvidas 5.000 pessoas com idade entre 16 e 70 anos, por meio de entrevistas online, entre os dias 26 de outubro e 2 de novembro. Os resultados são representativos da população com acesso à internet em cada país, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.